John e Julian Lennon |
Falamos aqui muitas vezes de escolhas de nomes com base em homenagens e achei que valia a pena trazer aqui a notícia de que o filho de John Lennon decidiu, quase a chegar aos 60 anos, alterar legalmente o seu primeiro nome, que partilhava com o pai. No quotidiano, este John Lennon sempre foi tratado por Julian mas, burocraticamente, isso não acontecia, o que lhe causava algum desconforto.
Arrisco dizer que haverá milhares de homens nomeados em homenagem ao grande ídolo britânico, mas não deixa de ser curioso que o seu próprio filho, ainda que tenha frisado que quer respeitar o legado dos pais, tenha sentido necessidade de reclamar a sua identidade. Neste caso, a mudança de nome apenas implicou trocar a ordem dos antropónimos - passou de John Charles Julian para Julian Charles John - e, apesar de tudo, o Lennon mais novo continua a ter um nome de família, já que Julian foi inspirado na sua avó Júlia.
Eu entendo-o perfeitamente, era uma herança pesadíssima. Esta prática de dar aos filhos os nomes dos pais é algo que rejeito com mais veemência a cada dia que passa e já vos expliquei várias vezes por quê. Sendo o nome o nosso primeiro identificador e com tantos nomes bonitos, parece-me genuinamente dispensável.
Olá Filipa.
ResponderEliminarFico muito satisfeita por voltar a tê-la ativa no blog. Aproveito para mandar um beijinho para a Frederica e para a Caetana.
Em relação ao tema desta publicação, para mim, já é mau os filhos terem os nomes dos pais e pior do que isso é darem os nomes aos filhos de familiares falecidos como uma suposta homenagem. A criança vem ao mundo e não conhece a pessoa e tem que carregar o nome e a história pesada que o nome traz.
Achei interessante a sua opinião, sempre detestei a ideia de dar o nome dos pais aos filhos, conheço alguns, pai e filho ambos Vasco, mãe Ana Sofia e filha Sofia...para mim nunca fez realmente sentido. No entanto, sempre achei piada a eventualmente dar-se nomes de avós/bisavós que já tenham falecido (a menos que exista realmente um peso enorme nessa perda)...o meu avô morreu quando eu tinha 13 anos, já passaram quase 20 anos e apesar de termos saudades, falamos nele com alguma leveza, relembramos muitas vezes coisas que ele dizia ou fazia...chamava-se José Maria e era um nome que ponderaria para um filho, calhou o meu marido ser um esquisito e não gostar por achar "demasiado beto", então escolhemos outros nomes para os nossos pequenotes, na lista também esteve o nome Manuel que é precisamente o nome do avô do meu marido e que nem ele conheceu mas de quem sempre ouviu histórias bonitas...não me faria confusão usar um nome de um familiar assim...
EliminarNão poderia estar mais de acordo. Detesto ver os filhos com os nomes dos pais. Acho uma falta de originalidade. E vou mais longe, estendo-o a familiares diretos!
ResponderEliminarNão gosto de ver filhos com nomes de familiares, especialmente como primeiro nome, porque se for o segundo ainda disfarça porque a maior parte das pessoas não utiliza-o de qualquer das maneiras.
ResponderEliminarAcho ainda pior dar um nome á criança e chama-la por outro, se for um diminutivo é uma coisa, mas outro nome completamente é diferente... E percebo completamente quando essas pessoas eventualmente mudam o nome... Conheço uma Noémia que o dela é Maria Ilda!!
O meu marido tem o nome do avô que nunca conheçeu e que não tem ligação nenhum.
Achei curioso isso de chamarem o nome que a pessoa nem tem pois nunca tinham visto isso dessa forma e quando li o seu comentário vieram-me umas quantas pessoas à cabeça. Super estranho isto.
ResponderEliminarse gostar do nome do pai ate coloco meu ultimo sobrenome e ultimo nome do meu marido!sim,amigos e até professores me chamavam de Júlia e não tenhho este nome! prefiriria Julian Charles Lennon ou Sean Ono Lennon pra mim é mais sonoro!
ResponderEliminarNa minha opinião, nome serve para distinguir as pessoas, certo? Então, para quê dar o mesmo nome? Dá pra homenagear de outras formas: com a mesma inicial, com a mesma terminação ou com o mesmo significado. Acho mais sútil e válido também. Eu adoro meu nome, mas não o daria a uma filha e nem Ivan para um filho. Também não daria o nome do meu pai ou mãe. Não gosto de repetições. Temos tantos nomes à disposição, não vejo sentido nisso. Claro que cada um faz o que achar melhor...
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