Continuando na senda dos nomes clássicos contemporâneos, hoje exploramos um pouco mais o nome André que, para mim, é um dos nomes masculinos tradicionais mais bonitos - acho-o mais agradável do que Pedro e Miguel, por exemplo. André tem características que valorizo bastante: acho-o simples e despretensioso, o que o qualifica para a minha lista de nomes elegantes; vejo-o como um nome bastante internacional, porque apesar de algumas variações gráficas, é imediatamente reconhecível. Na minha geração, não foi especialmente popular, o que me transmite uma falsa ideia de pouca saturação, mas quem conviveu com crianças nascidas entre os anos 90 e 2000, deverá certamente encontrado algum menino chamado André. No ranking de 1995, André ocupa a 5.ª posição e, cinco anos mais tarde, ainda se encontrava bem posicionado, em 10.º lugar. Nos últimos anos tem vindo a perder posições, estando em declínio desde 2010: na altura ocupava a 22.ª posição do ranking e em 2013 já era 27.º.
André tem origem no grego Andreas, que também dá origem aos aprovados Andreias, Andreo e Andrés. À letra, significa próprio do homem, mas é muitas vezes simplificado para viril, forte, másculo, o que vai ao encontro das virtudes demonstradas por Santo André - e, por falar nisso, parece que existem mais de 30 santos com este nome!
Andrés, que é a variante espanhola corrente do nome, também se usava em Portugal há vários séculos. É dele, aliás, que surge a versão feminina Andresa, que se usava em tempos medievais mas que caiu totalmente em desuso entre nós, tendo algum relevância no Brasil, entre as décadas de 70 e 90.