Lembro-me como se fosse hoje do dia em que fui ao cinema ver O amor acontece. Adorei o filme, foi com ele que fiz o upgrade da sessão de Natal - sim, só deixei de ver o Sozinho em Casa depois da maioridade! - e hoje não há uma vez que ouça o nome Aurélia e que não me lembre do Colin Firth a falar em português, a pedir a Lúcia Moniz em casamento. "Bonita Aurélia", diz ele... Por acaso, sempre achei que aquela Aurélia merecia um nome ligeiramente mais contemporâneo ou, dentro do mesmo estilo, um nome um pouco menos antiquado ou até mais usado em Portugal, mas olhando para o contexto da personagem, acaba por se tornar algo credível.
Personagens à parte, não sou a maior fã de Aurélia - prefiro, de longe, Aura ou Áurea - e não o recomendaria para uma menina nascida hoje, porque acho que destoa em demasia dos nomes de agora. E nem mesmo a popularidade de Amélia me faz achá-lo mais apelativo, porque, apesar de tudo, transmitem-me sensações bastante diferentes [para ser honesta, gosto de poucos nomes terminados em -élia]. Nos últimos quatro anos houve apenas uma menina com registada com este primeiro nome, registo este que ocorreu em 2014.
Aurélia tem origem no gentílico latino Auréliu [era o nome de uma família romana] e o seu significado está relacionado com a ideia de brilho, sendo apontado como "dourado" ou "brilhante como o sol". Em Portugal, a versão masculina Aurélio parece ter sido mais popular, ainda que nenhum dos dois seja muito comum.