Os nomes e as homenagens

em 18/08/20


Lembram-se deste post? Desta vez, trago-vos uma perspectiva um pouco diferente. 
A nossa leitora está grávida pela primeira vez e vem aí uma menina - a primeira neta a chegar depois de três meninos. A família está muito feliz mas a leitora sente que estão a pressioná-la para escolher o nome da avó para a bebé. O nome é bonito, está muito na moda, a relação entre mãe e filha é óptima mas essa não é a vontade dos pais. O problema que se coloca é o receio de fragilizar ou melindrar os avós, que praticamente dão a escolha como certa, coisa que está a perturbar esta futura mãe!
Falamos habitualmente mais da vontade de homenagear do que da vontade de ser homenageado, mas isso também acontece, certo? Há uma emoção associada à partilha do nome, um adensar do vínculo que une as três gerações... Lá por casa não correríamos este risco, porque a avó Elvira é a primeira a opor-se à ideia, mas reconheço que é uma situação delicada! 
Alguém passou pelo mesmo? Ficariam felizes se alguém que vos é próximo escolhesse o vosso nome para o bebé? 

18 comentários:

  1. Não gostaria nada que tentassem influenciar o nome dos meus filhos e acho que se a relação com os avós é boa, tem de haver à vontade para transmitir que não é essa a intenção dos pais.

    Neste caso, como é que a avó formou essa ideia? Foi-lhe transmitido de alguma forma (ainda antes da filha engravidar) que, a nascer uma menina, teria o seu nome? É tradição na família? Os outros netos têm o nome dos avôs?

    No meu caso, ainda antes de engravidar mas quando já falávamos disso, já tínhamos pensado os nomes para menino/menina e tínhamos comentado casualmente as nossas preferências aos nossos pais. Então eles já estavam a contar com uma dessas escolhas, não sendo estas nenhum dos nomes deles.

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  2. Não sei o que gerou essa expectativa, mas acho que existem outras formas de homenagear um familiar. Aqui em casa somos 4 irmãs e quando começaram a chegar os netos, só vinha menina...RS. eis que no quinto neto resolveu vim um menino. Minha irmã decidiu por escolher meu pai como padrinho...eu nao escolheria nome de filho por homenagem, acredito que cada um precisa ter sua história, sua identidade.. mas não questiono quem opte por fazê lo...boa sorte para gravidinha em questão...quem sabe um nome composto não amenize essa escolha?

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  3. A minha bisavó era Margarida. A minha avó é Margarida. A minha mãe é Margarida. Eu sou Margarida. Não se trata de homenagem. No caso da minha avó, a minha bisavó não gostava do nome da comadre (antigamente, a tradição era dar o nome dos padrinhos aos afilhados) e optou por dar o seu. No caso da minha mãe, foi a decisão da madrinha, que sempre quis ter uma Margarida, coincidentemente (mas só teve filhos). E no meu caso, por ser o nome preferido dos meus pais (decisão de ambos, não apenas da minha mãe). Mas apesar de gostar muito, muito de Margarida, sempre referi que não aprecio nomes repetidos. Com uma lista tão vasta, nunca pensei restringir-me a um nome, por muito que goste do mesmo. Nunca dei a entender que seria esse também o nome da minha filha, portanto, nunca ouve esse constrangimento. A vontade dos pais, na minha opinião, prevalece e se há confiança para tal, porque não abordar a questão com a família? Ou, no máximo, optar por um composto?

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  4. O meu primo morreu 2 anos antes da irmã ser mãe que foi aliás mãe de 3 rapazes e apesar de não haver pressão da parte da família lembro - me que em todas as gravidezes sempre que saía com ela lhe dizem tens que meter Luís tens que meter Luís é que nem faz sentido outro nome. Teve 3 rapazes e nenhum foi Luís

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    1. Não gostará menos do irmão porque não meteu esse nome :)

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    2. de todo e na ultima gravidez também já tinha falecido o pai. Eu acho que é uma carga muito grande homenagear assim um bebé

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  5. Tenho 3, e de todas a vezes senti alguma pressão. Expliquei que se os pais somos nós, nós é que decidimos. Se ficam de algum modo chateados?? Quando nasce o bebé isso logo passa e eles esquecem o assunto. Aliás, ninguém na família gostava minimamente dos nomes escolhidos. Depois de nascerem passaram a gostar :) :)

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  6. Pois, realmente seria importante perceber o porquê dessa avó em questão assumir que a neta terá o seu nome.

    Penso que, como já foi mencionado acima, há várias formas de homenagear alguém.

    Poderá sempre optar por utilizar o nome da avó como segundo nome, por exemplo.
    Ou então, ter uma conversa frontal com os avós e explicar que não é essa a vossa vontade.

    Felicidades para a família e um beijinho

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  7. E afinal qual é o nome da avó?

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  8. Sou completamente contra os nomes repetidos na família. E não gosto que dêem nomes de pessoas falecidas para homenagear (o meu segundo nome é Mariana, em homenagem a avó da minha mãe que viveu sempre com ela e faleceu antes de eu nascer, a minha irmã é Ana Maria pq a minha avó teve uma menina que morreu no berço aos 6 meses, eu so tinha 16 anos e não era eu que tinha de escolher o nome da minha irmã, mas pedi tanto a minha mãe para nao ser esse nome....) enfim tudo para dizer que não acho bem se sentirem obrigados a meter um nome que não querem pois não vão gostar menos da mãe da leitora por isso não é? Tente falar com a sua mãe e explicar de coração aberto

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  9. Espero não ofender, mas acho a atitude reprovável e até um pouco egocêntrica. Se a iniciativa de homenagear familiares partir dos pais, tudo bem… mas quando são os próprios familiares quase a obrigar os outros a homenageá-los? Isso não fica bem a ninguém, sinceramente.

    Na minha opinião, a escolha dos nomes dos filhos deve depender inteiramente dos pais. Claro, que não discordo em pedir opinião a familiares e aos amigos mais próximos, mas, no fim de contas, o bebé é filho dos pais e a opinião soberana relativa ao nome deve ser deles.

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  10. A propósito de dar a filhos nomes de familiares, posso dar este exemplo... quando comecei a namorar com o meu marido tinha um nome favorito para menina... depois soube que era o nome da mãe dele... pois eu ainda não conhecia a senhora sequer e já o nome estava riscado como possibilidade para uma futura filha.
    (Entretanto, fruto de conhecer e conviver com a dita senhora, aquele que era o meu nome favorito passou para o finzinho da lista!)

    Continuando... não obstante não ser muito favorável, acho que há situações em que pode fazer sentido, sendo que tem de fazer sentido exclusivamente para os pais da criança e mais ninguém.
    Há uns anos conheci um rapaz que me disse que se chamava Ângelo, tal como o pai, o Avô e não sei mais quantas gerações e que quando tivesse um filho seria Ângelo também. Eu fiquei a olhar tipo "oi? E a futura mãe não tem opinião a dar?". Isto faz-me confusão. Mas já não me faz confusão se os pais quiserem escolher um nome - que ambos gostem - como homenagem a um familiar ou amigo que ambos tenham conhecido e que admiravam.
    Mas, reforço, que seja sempre opção dos pais e mais ninguém.
    Neste caso particular, creio que os pais devem falar com a Avó em questão e explicar que não querem dar o seu nome... mesmo que eventualmente tenha sido avançada essa hipótese no passado e se tenha criado alguma expectativa. O que importa é o nome que os pais querem agora. A Avó tem de respeitar. A escolha do nome é dos pais e ponto final.

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  11. A minha opinião é igual às já referenciadas.

    No caso da minha filha, Maria Antónia, eu e o meu marido escolhemos “Maria” em homenagem às mulheres marcantes da nossa vida - mães e avós - já que todas tinham Maria como primeiro nome. Mas essa foi uma opção nossa, ninguém nos pressionou nesse sentido, e acho que é assim que deve ser. A vontade de homenagear deve partir dos pais, porque a partir do momento em que os pais se sentem pressionados a fazê-lo será mesmo uma homenagem?

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    1. Concordo. A partir do momento em que é algo "forçado" até que ponto a homenagem não perde a sua essência?
      Maria Antónia, que frescura! Parabéns pela escolha.

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  12. Então e a outra avó? Mesmo que já não esteja presente, talvez não faça sentido para o Pai da criança que o seu filho tenha o nome da sogra e não da sua própria sogra. É obviamente uma decisão muito pessoal mas eu prefiro um nome que não haja na família.

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  13. Acho de mau tom quando os familiares começam a dar palpites sobre o nome que a criança deverá ter, sem que as sugestões tenham sido pedidas pelos pais. É óbvio que cada um vai puxar a brasa à sua sardinha e querer escolher um nome do seu agrado, mas esquecem-se que o veredicto final deve SEMPRE estar com os pais da criança, por mais que as pessoas à volta não gostem do nome... Tentar impingir nomes, sem lhes ser pedido, é invadir a privacidade do casal, é interferir na vida daquela família. Por favor, respeitem sempre a decisão dos pais!
    No casa da leitora seria melhor falar abertamente com a avó e fazer-lhe perceber que prefere não repetir nomes na família, até porque se colocar o nome de uma avó, a outra avó poderá ficar ciumenta e ninguém vai querer uma criança para ser alvo de ciúmes mal nasça.
    Se não se sentirem confiantes em contar o nome da bebé com medo dos julgamentos dos familiares, optem por só divulgar o nome após estar registado. Aí não há volta a dar e todos terão de aceitar o nome da criança.
    A grávida que se lembre sempre que se não gosta do nome, não é obrigada a dá-lo à sua menina para agradar alheios. O desejo e gostos dos pais devem prevalecer SEMPRE!
    Boa sorte e que tenha uma hora pequenina! ;)

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  14. A leitora deve escolher o nome eleito por si e pelo pai da bebé. Fale abertamente com a avó, diga-lhe que o nome vai ser especial mas vai ser diferente do seu. Para homenagear a avó pode sempre convidá-la para madrinha, entre outras coisas. Beijinhos vê que corra tudo bem!!!

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Num blog sobre nomes, vai mesmo optar por ser apenas Anónimo? :)