Em 2009, quando já poucos conseguiam imaginar uma bebé
chamada Serafina, a atriz Jennifer Garner, idolatrada por uns e odiada por
outros por mediatizar o nome Violet, ousou resgatar Seraphina lá
do fundinho do baú [nos EUA, tinha sido registado apenas em 50 meninas em
2008]. Sim, Violet também era um nome muito antigo mas em 2005 soava de forma
moderna, enquanto Seraphina continuava empoeirado. A menina é muito fofa mas
nem isso alavancou a popularidade deste nome nos Estados Unidos, ainda que
tenha alcançado 168 registos em 2013. Os portugueses não costumam ser muito
permeáveis a modas americanas no que respeita à onomástica mas,
definitivamente, não seriam nomes como Serafim ou Serafina a fazê-los
perder a cabeça, por mais poéticos que os nome até possam ser.
De acordo com a Angelografia, os Serafins designavam a
classe mais elevada dos anjos; possuidores de seis asas, eram os anjos que
estavam mais próximos de Deus. O nome parte precisamente do plural do hebraico
Saraph, que é "Seraphim". Por associação às figuras bíblicas, Serafim
e Serafina significam "seres nobres". Daí que, quando alguém tem um
ar angelical, possa ser adjetivado de seráfico.
Segundo indica o SPIE, Serafim sempre foi mais popular do
que a sua versão feminina, usando-se com relativa frequência entre 1920 e 1970
mas, desde então, os números têm vindo a diminuir drasticamente. Em 2014, foram
registados apenas três meninos com este nome e não foi registada nenhuma
Serafina. Como se pode ver, não são nomes apelativos para os dias de hoje,
mesmo não se afastando muito de nomes tão populares quanto Martim e Carolina.