Elisabete tem origem no hebraico Elisheva ["prometida a Deus"] que, no caso português, evoluiu para Isabel, mas conhecem-se dezenas de variantes, muitas delas até aprovadas em Portugal. Ao que parece, Elisabete popularizou-se entre nós com a coroação da rainha Isabel II, em 1953. Recorde-se que o nome da rainha é Elizabeth Alexandra Mary e que é maioritariamente tratada como tal. Já por aqui se perguntou por que motivo é que ocorre a tradução no nome da rainha e encontrei uma explicação no Ciberdúvidas: diz-se lá que, sempre que possível, os nomes devem aportuguesar-se e Elisabete é considerado um anglicismo. Não sei se esta prática ainda é aconselhável, mas a verdade é que existe o hábito de traduzir Elizabeth, Charles e William para Isabel, Carlos e Guilherme... Ainda no Ciberdúvidas, encontramos o porquê do uso do S e não do Z, que se fica a dever à etimologia de Elisheva.
A lista de nomes admitidos em Portugal também contempla Eliseba, Elisabeth e Elisabeta mas nenhuma das quatro variantes me parece muito apelativa para os dias que correm. Como se refere acima, o nome tornou-se mais comum em Portugal nos anos 60 e 70 mas, surpreendentemente, ainda estava no top 50 em 1990 e 1991, abandonando o top 100 apenas em 1998. No ano 2000 ainda foram registadas 67 meninas com o nome Elisabete mas em 2014 foram registadas apenas sete. Quer isto dizer que há muitas jovens adultas em Portugal chamadas Elisabete, o que é uma novidade para mim, já que é um nome que não costumo ouvir com frequência!
Eu sou uma fã de Isabel e recomendo-o para crianças, mas não me entusiasmo da mesma forma perante Elisabete cuja terminação, ainda que equivocadamente, também me remete para alguns nomes franceses terminados em -ete que chegaram a Portugal mas acabaram por cair em desuso!