Quando tinha dez anos, o meu diário secreto estava repleto de corações cor-de-rosa, com a belíssima inscrição no interior: Filipa + Marco = Amor. Pois, o tal Marco, que nem sequer dava pela minha presença, foi a minha primeira paixão platónica, não correspondida, que me fazia suspirar ao som de "Ela só quer, só pensa em namorar" dos Onda Choc. Raio do rapaz, que fazia mesmo o meu coração palpitar. Como uma batata frita.
Adiante.
Marco significa, por aproximação a Marte, deus romano da guerra, "relativo à guerra", "guerreiro" e ainda "martelo" que, no caso, o aproxima de Marcelo. Em Portugal, Marcos nunca foi tão popular como Marco, que em 1977 chegou aos 1834 registos (enquanto que Marcos, no seu melhor ano, 1976, teve 80 registos, diz o SPIE). Eu conheço mais de vinte "Marco" nascidos entre 1980 e 1985. Não sei se foi algum fenómeno que apenas deu na minha cidade, mas quando vivia em Braga também conhecia alguns.
Em 2011, Marco teve 124 registos, o que o coloca na 55.ª posição, enquanto que Marcos ficou pelos 40 registos. Não sendo um nome feio, hoje em dia já não me faz piscar os olhinhos. Não o recomendaria, mas não torço o nariz se alguém me disser que está à espera de um Marquinho!
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Atualização: em Janeiro de 2014, Marcus passou a fazer parte da lista de nomes aprovados em Portugal.