Há umas semanas, escrevi que considerava Manuel como o clássico dos clássicos dos nomes portugueses. É um nome muito comum na nossa sociedade, transversal e que tanto pode ser encarado como um nome muito simples, como um nome muito distinto. Manuel é tão apelativo para nós, que até Manel se tem imposto como nome próprio e encaro Manoel com alguma expectativa.
Nos últimos 50 anos, algum do fascínio de Manuel estendeu-se até Emanuel, nome com uma enorme carga religiosa, que esteve no top 50 até 1997 e que só desceu da marca dos cem registos anuais em 2005. Os nomes são extremamente semelhantes, mas aquele E faz muita diferença. Atendendo à diferença do número de registos de hoje [550 de Manuel, contra 43 de Emanuel], diria que, para a maioria das pessoas, a letra E é prejudicial. Para mim, embeleza o nome, que passa a soar de forma muito mais delicada. Porém, não o prefiro a Manuel, precisamente porque o que me atrai nos nomes não se esgota no seu som ou no grafismo e o significado social de Manuel está muito para lá da sua beleza.
Apesar de considerar que se encontram a anos-luz um do outro, acho que caminhamos para uma fase em que Emanuel pode voltar a ser uma opção interessante. E já que falamos em opções interessantes, acham mais cativante Emanuel ou Manuela?
Apesar de considerar que se encontram a anos-luz um do outro, acho que caminhamos para uma fase em que Emanuel pode voltar a ser uma opção interessante. E já que falamos em opções interessantes, acham mais cativante Emanuel ou Manuela?