O papel dos irmãos na escolha do nome

em 20/05/21


Aos cinco anos, a Frederica já consegue indicar com clareza se gosta ou não de um nome. De momento, tem uma enorme fixação por Joaquim e Camila mas, no outro dia, comunicou-me que, se algum dia tivesse uma irmã, já tinha escolhido o nome: seria Elvira, como a avó, e para não haver confusão, seria tratada por Elvira pequenina. Minha rica filha, que sem entender nada, já consegue perceber que os nomes podem ter valor sentimental e que, sendo elementos de identificação, implicam que, em caso de repetição, cheguemos a uma forma de distinguir os seus portadores. 

Esta conversa levou-me a pensar se, nesta idade, já poderíamos valorizar a opinião dela. Sei que descartaria rapidamente qualquer sugestão que me parecesse saída dos desenhos animados, que jamais em tempo algum a levaria a sério se sugerisse Lucas Netto ou Giovanna, mas seria descabido colocar Camila na nossa lista por sugestão da pequena, quando, de outra forma, não o ponderaríamos? Ou, se não chegássemos a um consenso, a opinião dela poderia ajudar no desempate? 

Já li relatos de pessoas a lamentarem o facto de os pais terem deixado a escolha dos seus nomes para os irmãos, o que sempre me pareceu um bocado arriscado - e não me imagino a fazer o mesmo! Mas se noutros tempos diria imediatamente que a escolha só cabe aos pais, hoje acho que gostaria de incluir a irmã no processo... 

O que é que vocês acham? Os irmãos têm uma palavrinha a dizer ou é um assunto demasiado sério para envolver uma criança?

15 comentários:

  1. Acho a ideia de incluir os miúdos absolutamente deliciosa. Com 4, 5, ou mesmo 6 anos, querem fazer parte de tudo e estão provavelmente a viver a experiência de uma forma única dentro dos seus coraçõezinhos. Por que não deixá-los fazer parte do processo, não é?

    Espero um dia fazê-lo cá em casa :)

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  2. Acho que o melhor consenso seria os pais escolherem 2 ou 3 nomes que gostam, e deixarem o irmão/irmã depois escolher qual dos 2/3 gosta mais.

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  3. Acho que os irmãos a partir dos 4/5 anos têm um papel a dizer. Eu tinha 8 anos quando nasceu o meu irmão e fiquei muito chateada por não ter tido uma opinião

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  4. Conheço famílias em que isso aconteceu e até acho querido :) Agora, no meu caso, se fosse mãe e fosse ter uma 2ª criança, não ia levar o gosto da 1ª criança muito a sério :P Ou seja, o que ia prevalecer ia ser o meu gosto (ou nosso, caso estivesse numa relação) e não o da criança. Se escolhi o nome da 1ª criança com todo o cuidado e carinho, quero seguir o mesmo critério no nome da 2ª criança :)

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  5. Eu tive uma palavra a dizer no nome do meu irmão mais novo quando tinha 4 anos. "O nome do irmão da Miriam é Moisés (na Bíblia) e assim ficou.
    Ultimamente,a minha filha com 4 anos também está sempre a dizer que a mana vai ser Mariana, nome que nunca constaria na nossa lista...mas achamos que também têm o direito de ter uma palavra no que toca a decisões

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  6. Nós apenas perguntamos se gostava de Romeu e ele disse, "não, o Romeu é mau" isto por causa de uns desenhos animados... descartamos o nome para ele não associar um mano com o nome do vilão. Eheheh
    Basicamente fomos nós que escolhemos o nome mas perguntamos se gostava ou não, acabou por ter alguma opinião mas não a escolha total.

    Ass: Bárbara

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  7. Estou de acordo com a Bárbara. Julgo que deve ser dada a oportunidade aos irmãos mais velhos de participar da escolha do novo integrante da família, mas não a escolha total.

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  8. O Matias tinha três anos, e por ele a Gabriela chamava-se Maria Teresa (o nome de uma amiga da escola de quem ele gostava muito). Ora eu não gosto de Maria e o Pedro não gosta de Teresa (e vá, já tínhamos Gabriela praticamente decidido) e por isso ficou, e com o tempo ele foi-se habituando. Não participou na altura, mas também não desgostava do nome.

    Agora diz que se tiver mais uma mana quer que se chame Carolina, e eu, que não gosto de Carolina (acho o nome querido mas associo-o a uma criança que seguia na consulta e que batia na mãe, e todos sabemos como são os fantasmas dos nomes :P), até fico a pensar no assunto (ainda por cima o Pedro também gosta muito de Carolina, e fica bem com Matias e Gabriela). Acho que seria algo a pensar.

    Quando o meu irmão nasceu a minha mãe queria chamá-lo Santiago e eu vetei imenso, achava um nome esquisito. O facto é que o meu irmão ficou Tiago, não sei se porque fui ouvida ou porque não fui a única a pronunciar-me :)

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  9. Por cá perguntei a opinião da minha filha das duas vezes. Quando o irmão nasceu ela tinha 3 anos e meio e quando a irmã nasceu tinha 5 anos. Ainda acho que a escolha cabe aos pais sim, mas podemos também levar em conta outras opiniões. Do meu filho a minha filha tinha sugerido António, mas decidimos não ir por aí já que meu marido gostava muito mais de Alexandre (e eu não fazia questão de nenhum nome masculino). Da mais nova tínhamos 3 nomes em mente (Cecília, Letícia e Helena) . A mais velha queria Ana, então ficou Ana Cecília

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  10. as crianças têm a tendência de querer participar no que envolve os adultos e particularmente, os pais. tratando-se de uma decisão da família, parece-me bem ouvir o que têm a dizer. muitas vezes, inspiram-se nos nomes dos amigos, nos desenhos animados e mesmo não admirando as escolhas deles, já é positivo perguntar e fazê-los sentir integrados. quando a minha mãe engravidou, o meu pai queria Isabel, a minha mãe Margarida. perguntaram à minha irmã qual preferia e acredito que a resposta tenha ajudado à decisão: Margarida.

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  11. Eu fui filha única durante 7 anos. Quando a minha mãe soube que ia ter mais uma menina, perguntou-me que nomes eu gostava e eu disse que gostava muito de Carolina. E como foi de encontro ao gosto dos meus pais, eles aceitaram e assim ficou.
    Quando a minha filha teve irmãos, eu e o meu marido também pedimos a opinião dela mas não ia de encontro aos nossos gostos por isso não ficou. Ela não ficou zangada por isso, entendeu perfeitamente.

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  12. O meu sobrinho tinha 7 anos quando o irmão nasceu. Os pais perguntaram que nome ele gostava e ele disse "Miguel". E assim ficou.

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  13. Quando eu nasci a minha irma tinha 4 anos... Foi ela que escolheu o meu nome. A minha mae ia dizendo nomes que ela gostava e a minha irma escolheu desses nomes.

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  14. O nosso terceiro teve uma short-list de dois nomes e, depois, foram os irmãos que decidiram. Os dois mais velhos sempre tiveram os nomes escolhidos, nem havia discussão possível. Penso que os miúdos ficaram encantados com a possibilidade de nomearem o novo membro da família e não me arrependo nada da escolha.

    Beijinhos, J.

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  15. Acho que os irmãos devem ter uma palavra a dizer, claro que sim. Sobretudo quando são mais crescidos, a partir dos 5 anos. O meu filho Francisco terá 8 anos de diferença da irmã e não só sugeriu como batalhou muito para que fosse Madalena, que já estava na nossa lista de nomes possíveis. Como também era o favorito do pai, assim ficou e ficará.

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Num blog sobre nomes, vai mesmo optar por ser apenas Anónimo? :)