Nomes para meninos - Qual é o vosso estilo?

em 28/02/24


Não sou mãe de meninos mas, de todas as vezes que estive grávida, fiz a minha lista de nomes masculinos e sinto-me com legitimidade para dizer que acho bem mais difícil escolher um nome masculino do que um feminino. E digo isto porque sinto que há uma concentração maior em torno de um determinado grupo de nomes que são considerados relativamente inofensivos e porque me parece que, havendo vontade de fugir dos clássicos, começam logo os comentários que nos fazem sentir que estamos a querer condenar a criança à bandidagem... 😅

Pensando então em quem está agora a começar a elaborar uma lista de nomes de meninos, resolvi agrupar uma série de nomes que, a meu ver, se equiparam em estilo. Conseguem identificar-se mais com um dos grupos? Há algum nome que esteja gritantemente a faltar em algum destes lotes?


  • António, Francisco, João, José, Luís & Manuel
  • Bernardo, Duarte, Eduardo, Frederico, Gonçalo, Guilherme, Henrique, Tomás, Vasco, Sebastião
  • Afonso, Martim, Rodrigo, Dinis, Santiago, Simão
  • Diogo, Daniel,  Miguel, Pedro, Rafael, Tiago
  • Lourenço, Salvador, Vicente, Xavier
  • Benjamim, Gabriel, Isaac, Lucas, Mateus, Gustavo, David, Leonardo, Samuel
  • Enzo, Lorenzo, Mateo
  • Álvaro, Artur, Estêvão, Gaspar, Gil, Jaime, Matias, Tomé, Valentim
  • André, Alexandre, Filipe, Hugo, Marco, Nelson, Nuno, Ricardo, Rui, Sérgio
  • Ângelo, Bruno, Fábio, Ivo, Joel, Leandro, Micael, Ruben
  • Adriano, César, Emanuel, Jorge, Mário, Paulo, Renato, Vítor, Raul
  • Abel, Edgar, Dario, Elias, Ismael, Josué, Moisés
  • Agostinho, Alberto, Augusto, Carlos, Delfim, Domingos, Fausto, Fernando, Félix, Inácio, Jacinto, Joaquim, Júlio, Nicolau
  • Apolo, Baltazar, Bartolomeu, Ezequiel, Jerónimo, Lázaro
  • Bento, Lopo, Sancho, Tristão Viriato

Não tenham medo de escolher o vosso nome preferido!


Há dias, quando vos trouxe uma lista de nomes modernos, recebi algumas mensagens no Instagram de mulheres que diziam que gostavam de alguns desses nomes mas não teriam coragem de usar porque a família não veria essa opção com bons olhos. Recebo este tipo de mensagens desde 2010 e se antigamente a minha resposta era mais teórica, hoje posso-vos dar uma resposta cheia de prática. 

Desde que fui mãe pela primeira vez, fiquei ainda mais certa do interesse em torno da escolha do nome. Quase toda a gente quer saber a escolha e estranham se não tivermos o nome definido assim que a barriga se torna evidente; quase toda a gente sente necessidade de deixar claro o que pensam do nome e enunciar todos os seus defeitos. Quase toda a gente tem à mão uma listinha de alternativas, mesmo que em momento algum tenha sido solicitada. 


Se eu acho que isto é feito com maldade? Não, de todo. [Mas, e falo com conhecimento de causa, ninguém esquece um comentário insensível feito a respeito do nome que escolhemos com tanto carinho para o nosso bebé. Ainda há dias me aconteceu, a pessoa achava que estava a ser super discreta ao comentar com as colegas mas eu percebi claramente que estava a referir-se ao nome da minha filha e fiquei chateada com aquilo durante umas horas, portanto, aprendamos todos a ser mais empáticos...]  


Apesar de tudo, acho que podemos concordar que, na maioria dos casos, este zumzum desaparece ali por volta do primeiro mês de vida do bebé, quando já toda a gente sabe o nome e teve tempo para digerir a nossa escolha, tenha ela sido João ou Jerónimo. Passa o efeito surpresa, passa a novidade, surge outra grávida no horizonte e aquilo que parecia  o debate da nação simplesmente cai no esquecimento. 

E é por isso que eu acho importante relembrar aqueles que se vão estrear na maternidade e paternidade que a escolha deve refletir o seu gosto e não o de terceiros, até porque é bem possível que esses terceiros passem a detestar um nome que amavam meia dúzia de semanas antes e que depois se apaixonem pelo nome que achavam horroroso, porque simplesmente se habituaram a ele. 

Desse lado, com foi a experiência com a partilha do nome? Subscrevem esta ideia de que, em pouco tempo, já ninguém toca no assunto? A vossa autoconfiança aumentou ou diminuiu durante a escolha do nome do segundo filho? 

E os que não têm filhos, receiam ceder a pressões externas? O facto de terem interesse pela temática tranquiliza-vos ou causa-vos ainda mais ansiedade?