Em Portugal, o último apelido do bebé é tradicionalmente o paterno, mas a lei vigente permite que a ordem dos apelidos seja livremente escolhida e, como tal, o último apelido pode muito bem ser o materno. Não é uma prática comum e, em 2010, só aconteceu em 3% dos registos mas acho importante que as mulheres saibam que o podem fazer.
Quando registamos a Frederica, não equacionei essa opção porque o meu último apelido é um bocado difícil de assimilar e, na verdade, nem o meu próprio pai o usa socialmente. E desse lado, pensaram nessa possibilidade? Acham que seria uma decisão tranquila ou acham meio caminho andado para criar um conflito familiar? 😇
Boa lembrança para o Dia da Mulher!
ResponderEliminarNas situações em que os pais são casados, só conheço uma família que optou assim. Conheço vários outros casos em que o último ou os únicos apelidos são da mãe, mas as mães são solteiras.
Outra situação que tenho visto muito nos últimos anos é os pais optarem por dar aos filhos os apelidos das suas próprias mães (as avós das crianças), em vez dos apelidos dos avôs. Geralmente, porque o apelido da avó é mais incomum e preferem usar o que é mais distintivo (ex: o pai é João Flores Santos e dá à criança o apelido Flores, da avó, "esquecendo" o Santos, nome do avô).
Essa situação dos únicos apelidos do bebé serem da mãe, não tem a ver com a mãe ser < solteira >. Mais depressa poderá ser de o pai ainda não ter reconhecido o bebé
EliminarEm 2017 quando tive o meu filho equacionamos inverter e usar o meu apelido (somos casados mas não adoptei nome de marido), no entanto, escrevemos, lemos, dissemos em voz alta o nome completo e soava sempre melhor com o do pai no fim. Agora iremos manter quando o rebento nascer, mas apenas porque preferimos a sonoridade e não porque o nome do pai tem que vir no fim.
ResponderEliminarEu tenho 4 apelidos (2 maternos e 2 paternos), os maternos primeiro e os paternos no fim. Acho que, por mais progressistas que a minha mãe e o meu pai sejam, nunca consideraram colocar os maternos em último porque nem sabiam que era possível, e também porque não soa tão bem.
ResponderEliminarAntes usava o último apelido paterno, mas há uns anos decidi passar a usar um dos maternos, e não foi problema nenhum.
Se algum dia for mãe, o último apelido da criança será o meu :)
Desde que me interesso por nomes que o último apelido dos meus filhos seria o meu apelido materno: Valério. Há várias razões mas as principais são: nunca tive nenhum tipo de relação com o meu pai; é um apelido diferente e marcante com o qual tenho uma grande ligação emocional.
ResponderEliminarNo entanto, o meu namorado (SG) propôs-me o seguinte: se for menino seria G Valério e se fosse menina Valério G. Eu gosto desta hipótese porque ambos queremos adotar o apelido um do outro mas antes do nosso último apelido. Portanto invés de ficar Luísa R. Valério F. (apelido que quero retirar) ficarei LRGV, algo que me agrada bastante!
Eu acho que faz todo o sentido usar como último nome o da mãe, principalmente em situações em que o apelido do pai é demasiado banal ou até mesmo embaraçoso/feio (na escola, conheci um rapaz que se chamava João Pilão - acho que conseguem imaginar as piadas desagradáveis que eram feitas com o nome dele) e em situações em que a mãe tem um apelido mais importante/conhecido na sociedade. Nos casos de mães solteiras, então acho que nem se devia por essa questão.
ResponderEliminarBem..... quando tiver filhos eu quero muito que elxs tenham os meus dois sobrenomes. Ainda mais sabendo que o meu sobrenome do meio, Sena é o que mais gosto e é um sobrenome materno, vindo da minha trisavó, ou seja todos na família são Sena alguma coisa rsrs. Mas com certeza optaria em por os meus sobrenomes por último.
ResponderEliminarOlá,
ResponderEliminarO meu filho nascido em 2019 tem o meu apelido como ultimo nome.
Foi algo que sempre quis e o meu marido concordou na boa, se n concordasse ia tentar chegar a acordo.
Ele queria uma menina, então na brincadeira diziamos que se fosse menina ficava com o apelido dele e se fosse menino com o meu!
Não concordo que a regra seja ficarem com o nome do pai pq é a mãe que sofre mais na gravidez e parto...
No entanto isto causa muita estranheza nas pessoas, como se o meu marido fosse "fraco" por ter permitido, mas quem nos conhece sabe que não podia estar mais longe da verdade!
Algo que tb me faz muita confusão é que ainda existem muitas mulheres q assumem o apelido do marido, não consigo compreender que alguem o faça de forma voluntária. É o nosso nome! E em caso de divorcio e futuro casamento? Vai estar a mulher a ter meia duzia de apelidos durante a vida?
(é a terceira vez que tento comentar! espero que n apareça repetido :))
Olá Diana! Desculpe se a pergunta for demasiado intrusiva, mas a família do seu marido, concretamente, reagiu bem à vossa decisão?
EliminarTemos então um homem, que dialoga com a mulher e entende que a tomada de decisão cabe aos dois, a ser visto como "fraco"... Temos tanto caminho pela frente, não é?
Diana, casei em 2015 e sempre disse que não usaria nome de marido, tenho o meu... e nem é pensar em possível divórcio, é a nossa identidade que não tem que ser anulada. Apesar de todas as mulheres da família terem assumido o nome do conjuge nunca ninguém questionou a minha decisão.
EliminarFilipa respondo com muito gosto.
EliminarO unico que questionou foi o pai do meu marido (para enquadrar ele é filho unico e o unico neto rapaz e o nosso filho seria o unico a continuar com o nome de familia, e é uma familia conceituada na zona deles), mas o meu marido respondeu algo assim "Então pai? És tão a favor da igualdade e agora estás ofendido por ficar com o apelido da mãe?" e ficou por aqui :)
O meu pai esse ficou muito orgulhoso (somos apenas 2 irmãs e não tenho primos para continuar o nome do meu avô tb) mas não comentou mt o assunto.
Penso que a decisão acabou por ser bem aceite e natural (não é que alguém tenha algo que opinar!) pq eu sempre disse que filho meu teria o meu apelido que é super invulgar.
E eu sou conhecida por n ligar a convenções e fazer o que quero, já o nosso casamento foi invulgar (nada de igreja nem festa tipica). E o meu marido nunca teve aliança pq disse q n gostava de aneis e não iria usar, então não compramos aliança para ele :)
Isso de ele poder ser visto como "fraco" é só por quem n nos conhece. Ele é uma pessoa de opiniões mt vincadas e faz questão de as expor de forma veemente! Mas sim ainda há um longo caminho a percorrer...
Olá Anónimo,
EliminarEm nem pensei em assumir o nome dele, alguem me perguntou umas semanas antes do casamento e eu fiquei parva a olhar para essa pessoa e a tentar alcançar o significado do que me estava a perguntar :) :) :)
Nem me passou pela cabeça nem pela cabeça do meu marido.
Por acaso na minha familia n é tradição, nem a minha mãe mudou o nome, nem as minhas avós! E tenho uma familia super normal e tradicional. Nem tias minhas que eu saiba.
Acho sinal de submissão para dizer a verdade... no entanto tenho 1 ou 2 amigas que o fizeram e são mulheres independentes. N consigo perceber.
Acho muito curioso este tema. Uso com muito orgulho o apelido do meu pai (que só teve filhas). Namorei com o meu marido 11 anos e sempre disse que não iria adoptar o apelido dele, que não fazia sentido nenhum mudar o meu nome.
EliminarEm 2015 casei e a questão do apelido nem foi abordada. Não adoptei o nome dele.
Quanto a futuros filhos, sempre assumi, sem qualquer constrangimento, que teriam o meu apelido paterno seguido do apelido paterno do pai, ie, a versão tradicional.
No entanto, no momento em que comecei a tentar engravidar, inexplicavelmente mudei de ideias e quis adoptar o nome do meu marido, precisamente porque seria o nome dos nossos filhos, da nova família que estávamos a criar, e eu queria estar incluída. Sei que é uma parvoíce, que se eu não tivesse adoptado o nome do meu marido, obviamente que também pertenceria à família, que o nosso filho teria um nome da mãe e um nome do pai, e que essa seria a nossa "união". Não consigo explicar o que senti, porque mudei de ideias, mas a realidade é que o fiz. Nem contei nada ao meu marido. Falei com as minhas irmãs, que com experiencias diferentes (umas adoptaram o apelido do marido e outras não) me deram a sua opinião, mas o que prevaleceu foi a minha vontade de fazer parte desta nova família.
E assim como a minha família é muito marcada pelo apelido do meu pai, esta nova família também seria, e eu queria fazer parte.
Sempre disse que não queria ser mãe solteira, e tinha a sensação que quem ouvisse o meu nome e o nome do meu filho, sendo diferentes, iria parecer que era mãe solteira... Não consigo explicar. Até a escrever este texto me parece estranho...
Conclusão, adoptei o nome do meu marido e só o uso em contextos onde os meus filhos estão implicados. Apresento-me da mesma maneira, mantive a minha assinatura e profissionalmente mantenho exclusivamente o meu apelido, que é até usado como marca.
Mas faz-me sentir bem, quando é algo relacionado com os meus filhos, eu ter o nome deles.
Ou seja, no fundo eu adoptei o nome dos meus filhos, que por acaso têm o nome do meu marido.
A vontade só (e inexplicavelmente) mudou no momento em que decidi ser mãe.
Desculpem o texto longo, mas gostaria de partilhar a minha experiência.
Todas as hipóteses são válidas, desde que sintam que é o melhor para vocês =)
Olá "unknown",
EliminarObrigada pela partilha. Tenho uma colega q diz q vai mudar o nome qd casar pq quer ter o nome dos filhos, faz-me um pouco de confusão admito.
No meu caso não mudei e o meu filho tem o meu nome :)
Já agora uma pergunta pessoal, se me permitir, em caso de divórcio ficaria na mesma com o nome do marido?
Também quando casei em 2017 não adoptei o nome do meu marido, não me fazia qualquer sentido, passar a ser conhecida por outro nome, mudar a minha identidade. Tenho 3 apelidos e o meu marido 2, para a nossa filha quisemos um nome simples e ficou apenas com o meu último apelido seguido do último do pai. Não me importei de "manter a tradição" porque acho que assim soava bem e porque qualquer ordem escolhida estaria a "beneficiar"/"prejudicar" uma das partes, por isso é indiferente. Tenho pena que se vão perdendo apelidos de família neste caminho, mas é a vida, para nós nunca foi um "big deal".
EliminarTambém tenho uns amigos que quando casaram mudaram ambos os apelidos (ela adotou o dele e ele o dela, na mesma ordem) e a filha tem esses ambos apelidos na mesma ordem (de forma a que os 3 membros da família tenham os mesmos apelidos). Se eu tivesse mudado o meu nome aquando do casamento, seria assim. Mas não me faz confusão que a minha filha tenha um apelido que não é meu.
EliminarNão me importo nada.
EliminarConfesso que nunca pensei muito nessa possibilidade, mas caso acontecesse, retiraria o apelido dele. É que aí, o conceito de família que falo já não iria existir. E os meus filhos ficariam então com um nome da mãe e um do pai.
A mim também sempre me fez confusão mudar o apelido, mas realmente mudei de ideias quando os filhos entraram na equação. Enquanto formos uma só família (e espero que assim seja sempre) eu tenho o mesmo apelido que eles. Caso deixe de ser, irei regressar à minha ideia original.
Tenho dois amigos (namorados) que equacionaram juntar o último apelido de cada um deles com um hífen. Criavam um novo apelido (esta opção é muito usada nos EUA). Gostei desta opção! Somos de uma geração em que é raro encontrar pessoas com apenas 2 apelidos (eu tenho 4, mais o nome próprio e segundo nome. Dá sempre um trabalhão escrever tudo). Se puder será primeiro nome e o apelido de cada um separado por hífen. A ordem dependerá do apelido do marido. O meu último apelido é muito forte e não existem muitas pessoas com esse apelido. Obviamente que fico triste retirar os apelidos maternos e o da avó paterna, no entanto nunca gostei de nomes gigantes
ResponderEliminarPois bem, eu já sabia disso. E eu faço parte desses valores de 2010. Foi opção nossa, mas partiu de mim abordar essa situação. E assim ficou.
ResponderEliminarEu propus à minha mulher (porque quis incluir dois apelidos meus), e ela não aceitou por lhe parecer pouco usual
ResponderEliminarOra aí está outra perspetiva: será que nós, mulheres, temos interesse nessa mudança de paradigma? Recearemos, inclusivamente, algum estigma que possa daí advir?
Eliminar(Filipa, hoje vou comentar pelas vezes que n o fiz nos anos que sigo este blogue :))
EliminarPara mim o miudo ter o meu nome é motivo de um orgulho enorme.
Orgulho pq vai continuar com o nome da familia, pq é um nome invulgar e bonito. E muito orgulho pq tenho um marido que é um companheiro, que não é machista e não quis saber da opinião alheia.
E tb do que isso diz de mim por ter escolhido que o nome dele fosse assim, o facto de ser pouco usual só influenciou de forma positiva a decisão.
Eu ainda não tenho filhos, mas sempre pensei nessa questão, por o meu apelido soar melhor em último. E quando acontecer, tomaremos essa decisão sem qualquer estigma associado. Será pelo que nos soar melhor, não pela ordem imposta socialmente. Mas curiosamente, tenho uma amiga que à primeira filha atribuiu apelido materno + apelido paterno e à segunda filha, apelido paterno + apelido materno, para que ambos tivessem a oportunidade de dar o seu apelido, em último.
ResponderEliminarQuando soubemos que íamos ser pais, e depois do nome estar escolhido, falamos sobre o apelido, mas ultimamente acabamos por adotar a via tradicional.
ResponderEliminarDesde que me lembro dizia "filha/o meu há de ter o mesmo apelido que eu". No entanto, assim que fiquei efetivamente grávida, percebi que esse assunto era-me, na verdade, absolutamente indiferente. Acabamos por ir pela lógica do que "soava" melhor. E o que soava melhor era mesmo o apelido do pai em último lugar, ahaha.
É só um nome, e em nada define aquilo que somos enquanto família.
Olá Filipa! Vou aproveitar este post para pedir uma sugestão. Tenho uma Diana e um Duarte e estou grávida pela terceira vez. Vai ser uma menina e gostava que o nome começasse por D, tal como os irmãos. Em princípio, vamos escolher Daniela, mas sinto que não tem o mesmo estilo dos outros dois e, talvez por isso, ainda não fez o clique. Sugestões?
ResponderEliminarMuitos Parabéns!
EliminarAs minhas sugestões seriam Dalila ou Dânia
Dulce ou Dalila
EliminarFelicidades!
E que tal Dalila ou Dânia? Acho que ficava top. Felicidades. Bonitos nomes!
EliminarA letra D não é das mais fáceis! O meu preferido é Dalila mas se, efectivamente, Daniela não faz o vosso estilo, a sugestão passará, talvez mais, por ponderarem usar outra inicial? :)
EliminarDalila ficaria muito bonito para completar o trio.
EliminarSugiro Dália. 3 sílabas e 5 letras como Diana, mas não tão semelhante como Dânia (que sendo anagrama pode causar alguma confusão).
EliminarMuitas felicidades!
Débora
ResponderEliminarDenise
Em paises onde se fala espanhol o nome da mãe vem no fim. No entanto as pessoas apresentam-se com o nome do pai( qie é o penúltimo) à conta disso as minhaa filhas têm 4 nomes de familia: marido, meu, meu, marido. Eu nunca adotei o nome do meu marido.
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