Alexandra foi uma das escolhas mais constantes dos portugueses desde os anos 70 e já tivemos oportunidade de constatar que, até bem recentemente, estava no lote de segundos nomes preferidos dos portugueses, logo atrás de Sofia e Filipa. Na minha opinião, Alexandra tinha tudo para se estabelecer como um clássico contemporâneo, mas a verdade é que não está a acontecer. A passagem do tempo vai deixando marcas (acho que o facto de ser tão usado como segundo nome contribui muito para isso) não surpreendendo que Alexandra tenha apresentado em 2018 o pior resultado desde 1990, tendo sido escolhido apenas para 42 meninas.
E se Alexandra não convence quem procura nomes na linha de Carolina, Mariana ou Francisca, vamos assistindo ao florescimento de Alexa e de Aléxia, que apelam a outro público, que procura um nome mais curto e moderno.
Desses 3 o que ainda gosto mais é mesmo Alexandra! É um nome longo, forte e cheio de personalidade! Para mim está na mesma categoria de Carolina, Francisca, Frederica, Constança, Eduarda...
ResponderEliminarUm variante que até gosto e acho que tem potencial para vir a crescer em popularidade em Portugal é Alessia!
Concordo, acho que Alessia tem tudo para cativar!
EliminarConcordo que a baixa popularidade de Alexandra se deve ao facto de ser uma das grandes escolhas para segundo nome. Isto é uma tendência que, sinceramente, não gosto, até porque as conjugações costumam ser terríveis e sem harmonia. “Beatriz Alexandra” é uma conjugação péssima, desculpem-me lá, e estraga completamente os dois nomes. Então de “Benedita Alexandra” nem sequer falo… Há muitos nomes que são bonitos em separado mas que juntos simplesmente não combinam, não são do mesmo “género”, enfim. A fixação dos portugueses com nomes conjugados devia ser estudada, porque poucas foram as pessoas (eu incluída) que conheci e não têm nome conjugado. Parece quase obrigatório e depois vemos conjugações desastrosas de nomes que não têm nada a ver um com o outro: as piores que vi foram Afonso Kevin e Benedita Yasmin. Ou vão para os modernos e internacionais ou para os tradicionais, os dois em conjunto não funcionam.
ResponderEliminarPessoalmente, acho “Alexandra” um nome muito longo e forte para colocar como segundo: ou se escolhe um nome mais suave para segundo ou mais vale a pena não colocar. Mas não serão, também, os diminutivos mais comuns para Alexandra (Xana, Xanda, Xandinha, etc.) que afastam os pais? Não desgosto de Alexandra, mas à semelhança de Micaela, acho um nome datado, que associo, de imediato, aos anos 90.
Não quero, de modo algum, ofender alguém. É a minha opinião e vale o que vale.
Como grande apreciadora do uso de dois nomes, posso dizer que não me identifico muito com os compostos tradicionais. Prefiro um segundo nome que me diga algo, que me remeta para um conceito com que me identifico, algo que quero carinhosamente transmitir aos meus descendentes, no seu nome.
EliminarComo alguém que conversa frequentemente com pais que escolhem segundos nomes que também fogem ao tradicional, noto que por vezes o fazem porque querem introduzir um elemento diferenciador, já que os primeiros nomes são muito populares, sobretudo se o último apelido é muito comum.
Os portugueses não estão sozinhos no uso dos dois nomes e nos outros países também é possível identificar tendências no que respeita a segundos nomes!
Eu não sou contra nomes compostos, e nem defendo, de todo, que as pessoas só devam utilizar conjugações com Maria, Ana, João ou José. E nem todos os nomes ficam bem estes quatro. Aliás, devo confessar que não gosto nada de ver “Maria” como segundo nome. Mas existem nomes compostos de bradar aos céus e de mau gosto. Acredito que haja conjugações e nomes dos quais a Filipa não gosta, mas por uma questão de diplomacia para com os seus leitores faz muito bem em não revelar quais.
EliminarA questão dos nomes compostos é muito delicada. Facilmente uma conjugação pode cair no ridículo e talvez por isso tantos pais, na insegurança, ainda preferem optar por nomes compostos mais populares e “menos” arriscados, ou, como disse, colocar o nome “diferente” em segundo. Pessoalmente, acho que, se as pessoas gostam de nomes modernos ou internacionais e esses são aprovados, deviam optar por eles em invés de porem ali o nome popular â frente. Sou-lhe muito sincera, acho que nomes tradicionais conjugados com nomes modernos não ficam nada bem, só mesmo se a pessoa tiver muito bom gosto para manobrar a coisa. Como disse e mantenho a minha posição, “Benedita Yasmin” não é uma combinação feliz. Acho que “Benedita Jasmim” teria sido uma melhor escolha porque os nomes têm mais em comum.
Penso que já disse aqui no blog que a minha filha se chama Maria Antónia. Um nome conjugado bem tradicional, portanto. Eu queria só Antónia, em honra ao bisavô, mas o meu marido insistiu que queria Maria e lá levei a dele avante. A minha filha ficou com um nome extremamente snob, na minha opinião, porque tanto eu como o meu marido temos apelidos pesados e pouco comuns, e acho que a conjugação com Maria só reforça isso.
É precisamente isso, muitas pessoas querem usar um segundo nome, porque lhes faz todo o sentido [como me faz a mim], mas há muito receio da opinião de terceiros.
EliminarEu respeito inteiramente que não se goste de nomes compostos ou que não se goste do uso de dois nomes pouco pouco tradicionais, mas sinto muitas vezes que há pouca tolerância do outro lado e foi por isso que abandonei essa temática aqui no blog, havia muita agressividade!
Acredite, que sei bem o que isso é. As reacções ao nome Maria Antónia foram muito “interessantes” e continuam a ser. Ouvi de tudo: que Antónia é muito masculino, é pesado, é “nome de velha”. Então quem conhece os apelidos familiares… Fomos catalogados de elitistas, snobs, arrogantes, enfim. Como trabalho no meio cultural, houve quem associasse à esposa do Siza Vieira, pelo que nem é tudo mau. Quando criticam o nome, o meu marido costuma brincar e dizer que o nome é em homenagem à “Ferreirinha” e ao vinho do Porto. Acho que levar as críticas na brincadeira é a melhor opção. Os nomes modernos ou internacionais não fazem o meu género, mas não é por isso que os considero feios, há vários que até gosto bastante mas simplesmente não os escolheria para uma criança.
EliminarA nível de conjugações eu gosto da mistura dos nomes masculinos e femininos, que é algo que, já notei, a maior parte das pessoas detesta. Eu própria por pouco não me chamei Maria Miguel. Conheci uma rapariga chamada Filipa João e gostei bastante. Aqui no blog alguém referiu algures Benedita Luís e adorei. Se o conjunto tiver harmonia tem tudo para dar certo.
Filipa, sobre a temática dos nomes compostos, tenho uma pergunta: alguma vez considerou ou contactou com alguém que considerasse o segundo nome uma alternativa ao apelido? Por exemplo, imaginemos que a Gisela João se chama Gisela Pereira e João é segundo nome (não faço ideia se é apelido ou não, não consigo encontrar essa informação em lado nenhum). Pessoalmente, acho a combinação Gisela João muito mais inesperada, bonita e sonante do que Gisela + apelido genérico. Portanto, já pensei se não seria interessante dar um segundo nome inesperado para funcionar como identificador daquela pessoa sem recorrer ao apelido, para fins pessoais e não oficiais, claro. Até como modo de proteger de certa forma a privacidade (eu, por ter dois nomes, não tenho apelido no meu perfil de facebook, por exemplo) ou de evitar conotações sociais (como mencionou a Madalena acima, assumir que um nome é snob por causa do apelido).
EliminarOutra razão menos comum por que já ponderei nomes compostos para futuros filhos é a questão de género. Gosto da ideia de dar um nome feminino seguido de um nome masculino a uma rapariga e vice-versa. E aqui o caso da Gisela João volta a ser exemplificativo. Acho que gosto da ideia porque cria um certo equilíbrio e esbate ligeiramente os estereótipos de género, passando a ideia de que todas as pessoas têm um lado feminino e um lado masculino e que não é preciso ver uma separação firme entre os géneros.
Bem, estou a partilhar estas impressões porque gostava mesmo de ouvir opiniões de pessoas sobre isto, de ver se alguém já deu nomes compostos seguindo alguma destas lógicas. Se quisesse fazer um post sobre isto, acho que seria uma discussão interessante!
Acho que a questão que referiu só funciona mesmo com artistas, escritores, etc. O resto dos comuns mortais tem sempre de apresentar o último nome. No caso da Gisela João não sei se é nome composto ou apelido, mas várias pessoas têm nomes próprios como apelidos de família e vice-versa. Duarte é ao mesmo tempo nome próprio e apelido.
EliminarPara mim, a combinação de nomes femininos + nomes masculinos é uma melhor opção aos nomes unissexo aprovados em Portugal. Com a excepção de Mel e Jasmim, são todos internacionais e curtos. Pessoalmente prefiro nomes compridos. Não desgosto de Ariel. Já conheci um menino com este nome e achei o máximo. Para quem gosta de nomes mais tradicionais não tem grande margem de manobra excepto conjugar nomes femininos e masculinos. Há mais conjugações com nomes masculinos para além de Maria. Por exemplo, Guiomar não ficaria mal como um segundo nome para um menino.
Sim, e como Guiomar há outros nomes! Paz, Nazaré para segundos nomes de rapazes e Viriato, Noé, Xavier, Amadeu como segundos nomes de raparigas. Claro que depende da combinação e claro que é uma questão de gosto pessoal pela dita combinação (por isso não me interessa muito se alguém comentar "ai que horror, que mau gosto").
EliminarQuanto a nomes unissexo, concordo que não há opções muito interessantes, mas isso também é normal e, para mim, aceitável, tendo em conta que a língua portuguesa não tem um género neutro como outras línguas têm.
Sobre ser só para escritores e artistas, eu discordo... Os miúdos na escola muitas vezes tratam-se pelos apelidos (mesmo só o apelido, sem o primeiro nome), quando os primeiros nomes são pouco sonantes ou há mais do que uma pessoa com esse nome. Acho que poderia ser um hábito adjacente a esse. E há pessoas que, por ter uma combinação "icónica", são tratadas pelos dois nomes. Lembro-me de um Francisco Xavier, por exemplo.
Compreendo o que diz. Já na minha altura havia muitos “Joões” e por isso eram quase sempre chamados pelo segundo nome. Mas também tratavam pelo composto, geralmente nos nomes mais comuns como as Anas, por exemplo. No meu ensino primário havia o João Pedro (que até era mais do que um), o João Ricardo, o João Dinis, o João Timóteo e o João Gregório. Curiosamente os que tinham o nome mais “incomum” como segundo, eram sempre chamados por ele. Por vezes os pais têm receio de colocar certo nome porque não é popular, mas a verdade é que as pessoas habituam-se. Já conheci muitas pessoas com nomes nada populares, mas que nunca foram chateados por causa disso. Mas há muitas pessoas que também são chamadas só pelo apelido familiar.
EliminarNo fundo, acho que cada pessoa é que decide como quer ser chamada. Há pessoas que preferem diminutivos, enquanto outras não. Uns preferem ser chamados pelo primeiro nome, outros pelo segundo. Outros gostam de ser, por exemplo, o “Oliveira” ou o “Monteiro”. Acho que vai do gosto de cada um.
Sobre o caso do S. Francisco Xavier. Ele não tinha “Xavier” no nome. Ficou conhecido como Francisco de Xavier porque nasceu na cidade espanhola de Xavier. É o mesmo caso com o Leonardo Da Vinci. Ficou conhecido assim porque nasceu na cidade italiana de Vinci.
Sou tradicional e ainda prefiro a raiz Alexandra às outras variantes. Espanta-me que esteja em queda quando a variante masculina, Alexandre, ainda está mais ou menos em alta. Tenho ideia que Alexandre também é muito popular enquanto segundo nome nas conjugações masculinas, ou estou errada, Filipa?
ResponderEliminarCertíssimo, em 2014 só ficou atrás de Miguel no ranking de segundos nomes!
EliminarPode ver mais aqui, se lhe interessar: Análise aos nomes compostos masculinos registados em 2014
Prefiro Alexandra. Alexa pra mim será sempre diminutivo...
ResponderEliminarSão nomes que não me cativam, nem como primeiro nem como segundo nome.
ResponderEliminarTambém gosto de Alexandra. Associo a Francisca, Frederica, Eduarda, Lourença e... Octávia (o que eu gosto de Octávia!). Ou seja, nomes que têm um correspondente masculino e são extremamente fortes. E longos. Se me puderem dar mais duas sugestões de nomes deste género ficarei eternamente grata!
ResponderEliminarCara, Margot. Com as características que referiu, lembrei-me de vários nomes:
Eliminar- Gabriela
- Rafaela
- Caetana
- Valentina
- Manuela
- Domingas
- Marcela
- Roberta
- Guilhermina
- Henriqueta
- Josefina (ou Josefa)
- Vicência
- Tomásia
- Ismaela
- Ezequiela
- Jerónima
- Leonela
- Micaela
- Pedrina
- Vladimira
Acrescento: Ricardina e Joaquina
EliminarAnastácia (lindo)
EliminarAugusta
Domenique
Viviane
Patrícia
Leopoldina
Gosto bastante de Eugénia!
EliminarMuito interessante o seu gosto, Margot!
EliminarLourença e Tomásia são fascinantes, mas não teria coragem de usar. Acrescento também o nome Teodora. Dos outros referidos, gosto bastante de Marcela.
Gostava de lhe perguntar, Margot, para onde tende o seu gosto em nomes masculinos. Também nomes fortes e compridos?
A maioria das pessoas torce o nariz, mas adoro o nome Henriqueta. Ainda só conheci uma, na casa dos 50 mas toda moderna. Pode ser parvoíce minha, mas adoro ver pessoas com estilos diferentes e com nomes mais tradicionais. Acho um contraste muito charmoso. Valentina é outra das minhas paixões, mas esse já está a ganhar popularidade, o que me deixa muito contente (:
EliminarAi adoro, Isabel. Muito, muito obrigada. Fiquei fã de Domingas, Valentina e Tomásia. :)
ResponderEliminarEu gosto mesmo deste tipo de nomes, mas acho que só usaria numa filha Lourença, Francisca ou Frederica. É para pôr numa história. De oito irmãs, que são as oito tias, de uma rapariga chamada Sevilla. :) Obrigada pelas vossas óptimas e inspiradas ideias.
ResponderEliminarGosto mesmo muito de Lourença, talvez mais do que o masculino.
EliminarBoa sorte e votos de sucesso para a escrita (:
Também escrevo ocasionalmente e uma das minhas coisas preferidas é encontrar nomes para as personagens. Às vezes para mim é mesmo o nome que inspira a personalidade.
EliminarTb gosto mais de Lourença que do masculino. :)
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