E sugere a Ni:
"Na linha destes "nomes diferentes", que tal um post sobre como os leitores fazem a gestão destes nomes na sua vida, ou seja, se só gostam de nomes diferentes e não querem colocar um nome da "moda", se só gostam de nomes da "moda", se até gostam de nomes diferentes, mas têm receio de colocar para a criança não se sentir muito "diferente", etc... Gostava de saber a opinião, porque me parece haver uma franca tendência para escolher nomes para bebés dentro de uma mesma linha (a tal moda), mesmo que não sejam os preferidos".
Abrindo as hostilidades, aqui fica a minha resposta:
Não tenho o hábito de promover o blog durante as conversas do dia-a-dia mas quando o assunto vem à baila, inevitavelmente há alguém que faz referência ao último nome estranho que abordei e a pergunta que se segue é quase sempre a seguinte: "mas tu usavas esse nome [testa franzida, olhos esbugalhados, nariz torcido] no teu bebé?!". Na maioria das vezes, a resposta é não. Não usaria Petula, Ribca, Alírio ou Emaús, mas tenho a certeza de que seria capaz de responder que sim a muitos, muitos nomes. É verdade que já estou quase imune a alguns critérios de exclusão, como "faz-me lembrar a palavra x" ou "é nome de velho", mas há um que teima em não me abandonar: a reacção dos outros perante um nome verdadeiramente diferente. Não por minha causa, já que lido bem com as minhas decisões, mas porque não quereria que o meu bebé crescesse amargurado com um nome que lhe colocasse na testa o sinal de alvo a abater.
Isto, claro, leva-nos a outra discussão: para mim, diferente é Tiara, Cereja, Carmério e Dóriclo. Mas não vejo o que gozar em Jerónimo, Solano, Eulália ou Selena e, se fossem os meus nomes preferidos, não seria a opinião de quem prefere Rita ou Soraia que me iria impedir de os usar.
Quanto aos nomes da moda, acredito que o são por um motivo: são giros. E num determinado período de tempo, influenciado por vários factores, parecem ser os mais giros de todos, como fosse inacreditável que os nossos avós não tenham pensado neles para os nossos pais, e que os nossos pais não tenham pensado neles para nós. Graças a todos os deuses e santinhos, nós descobrimos esses nomes e, finalmente, a nossa família vai ter um membro com o nome mais bonito do mundo. Claro que é brincadeira, mas não anda longe da realidade. Os nomes são mesmo bonitos, apelativos, mas isso é cíclico e pessoalmente prefiro nomes menos usados.
Talvez isto faça pouco sentido, mas lembrem-se que a minha mãe se chama Elvira e a minha avó paterna Eufémia e isso nunca impediu nenhuma das duas de se tornarem em mulheres absolutamente normais aos olhos dos outros e extraordinárias aos meus...
Realmente a sociedade não é muito permeável a nomes "estranhos"... e eu que o diga que já enfreitei muita testa franzida e "como?" com o meu Pépio!
ResponderEliminarQuand "estudei" a lista de nomes permitidos foi dos nomes diferentes que mais gostei (também gostava de Enzo), não sei porque transmite-me um "solero" e para mim é um nome "alegre". Lá por casa as opiniões dividiam-se... e pelos amigos o mesmo. mas do que noto aqueles q o achavam estranho entretanto já o "acitam bem"... penso que seja pelo facto de ser estranha a palvra!
depois quanto ao que as crianças passam com apelidos e trocadilhos a minha opinião é que esses mesmos têm origem no pais... isto é, são os pais dessas crinaças q criticam e acham aberrante os nomes, e por conseguinte estes filhos aprendem a conseiderar o mesmo e começam as "brincadeiras"... pois se uma criança for habituada a ouvir um nome "estranho" desde pequena (e sem nenhuma censura) este nome para ela será sempre algo "normal"... não será?
já agora gostava de ver um post dos nomes dos irmão do Pépio... :) talvez seja só eu que queira!!! mas gostava de ler a opinião :)
HR
Efectivamente há nomes diferentes e nomes diferentes... Há alguns nomes diferentes que me agradam, outros que me desagradam totalmente, como os nomes completamente estrangeiros ou os estrangeiros aportuguesados... Sem querer ferir susceptibilidades acho que serão as próximas Cátias Vanessas... Como todas as listas, estas também são subjectivas. Acho interessantes os nomes que remetem para a natureza, como frutos e flores. Mas os nomes que são mais da minha preferência serão talvez aquilo que se apelidou de nomes retro... No fundo nomes que já tiveram a sua popularidade, mas que desapareceu há muito tempo... E sim, o facto do nome possa vir a ser demasiado estranho para a criança pode ser um problema... que deve ser pensado. E não esquecer também que geralmente a escolha é a dois, o que complica ainda mais a questão. Conclusão: nome diferente... talvez... mas não muito! Na hora da verdade (e digo-o com a experiência de quem já passou pela situação - 3 vezes) optámos por nomes que não se podem considerar diferentes, de facto, mas que dentro dos populares não são dos mais usados, com uma excepção apenas (de uma das vezes), em que optámos por um nome muito usado, mas que pode ser classificado de intemporal. Por falar nisso, já houve algum post de nomes intemporais?
ResponderEliminarFilipa, uma curiosidade: vi este fds o filme Francês "Le Prénom". Nao sei se ja esta disponivel em Portugal, mas aconselho vivamente!!! Um belo enredo à volta de nomes :)
ResponderEliminarUm beijinho,
Rafaela
Compreendo a questão, até porque temos discutido nomes cá em casa e o marido pega sempre pelo "é estranho, vai ser gozado/a". E eu concordo, até certo ponto. No outro dia reparei no nome Alma, que me parece um nome lindo, que transmite calma, doce e feminino, mas pensei imediatamente em "penada". Por outro lado, e como trabalho com crianças, já não posso ouvir certos nomes, de tão usados que são. Tenho turmas em que há 2, 3 e até 4 meninos ou meninas com o mesmo nome, e o resultado é que os tratam pelos apelidos, mesmo entre colegas, o que me parece horrível. E hoje já nem há tanto a safa de que usufruí no meu tempo de tantas Anas, em que acabámos quase todas por ser conhecidas pelos segundos nomes próprios. É um equilibrio difícil...
ResponderEliminarCresci com um nome "diferente" que estranhei mas entranhei.
ResponderEliminarAcho que os portugueses em geral têm medo de coisas diferentes, e rejeitam à partida tudo o que possa distinguir-se um pouco dos demais. E isto não se aplica apenas aos nomes.
Somos, como povo, de uma forma genérica, avessos à possibilidade de ridículo.
Lembro-me de como fiquei aborrecida quando na faculdade alguém que conheci se começou a rir na minha cara quando lhe disse o meu nome, não acreditando que era assim de facto que me chamava (tive de lhe mostrar o BI, acreditas?).
Pessoalmente, e sem entrar em Lyonces Viktorias (ou lá como se escreve), escolheria (se fosse apenas eu a escolher) um nome diferente, menos usual.
Na verdade, olho para a lista dos mais utilizados nos últimos anos, e perco logo a vontade de os usar (mesmo que até goste de alguns deles).
Mas isso sou eu... e a minha cara metade não entra muito nessas conversas...
Eu tenho um apelido muito diferente e engraçado e sempre fui alvo de brincadeiras. Mas sempre gostei do meu nome e não me importo nada que brinquem, sinto-me única e diferente.
ResponderEliminarRelativamente a nomes próprios, quando for mãe tenciono dar um nome fora dos ditos "da moda". Não lhes vou chamar aqueles nomes completamente "assustadores" mas quero algo longe do que toda a gente tem.
Obrigada pelo post Filipa! Está fantástico e pelos vistos os leitores estão a gostar de debater este assunto :)
ResponderEliminarQuanto a mim, estou como a Ana...Também trabalho com bebés e às vezes parece-me surreal que todos os meninos se chamem Martim (e quando digo todos, são mesmo TODOS!)Eu percebo que sendo nomes bonitos as pessoas tenham a tendência de os escolher para os seus filhos, muitos incentivados pelo facto de não "destoarem" dos demais. Pessoalmente, como sou partidária da diversidade, faz-me imensa confusão ter 3 ou 4 Leonor, 4 ou 5 Tomás, etc... Há tantos nomes lindos! Porque não escolher um nome menos usado, mas igualmente bonito? Acho que no fundo se cria uma grande confusão entre o que é moda e bonito, sendo que normalmente o que está na moda é mais bonito que os demais.
Depois também acho que ainda há muito boa gente que lá porque o nome é diferente decide atazanar a grávida com um "credo, que horror, tu não faças isso! Que nome horrível! Que nome de velho!". Já assisti a verdadeiras "perseguições"; meses e meses a chatear a pobre mamã com os mesmos argumentos para ver se mudava de ideias (felizmente não mudou!)Acho que às vezes as pessoas ultrapassam um bocado o limite da opinião e chegam a ser um pouco intrusivas!
Quando tiver um filho não estou nada preocupada se as pessoas gostam ou não do nome (até porque já estou habituada a que ninguém goste das minhas potenciais escolhas). A única pessoa que me preocupa um bocadinho...é o pai!
PS - Miguel parece estar na moda! E Beatriz está a regressar em força :)
Tem conhecimento do nome do filho do Afonso Pimentel? Fiquei curiosa..
ResponderEliminarBeijinhos
Para mim, nada de nomes da moda, só mesmo se fosse um que gostasse mesmo mesmo muito, mas ainda assim, se fosse muito popular, talvez abdicasse dele.
ResponderEliminarGostaria de um nome não muito comum, de preferência com um significado positivo, mas que as pessoas conhecessem e soubessem escrever, para evitar que a criança tenha de tar a repetir e soletrar o nome.
Por mim, seria então no estilo de olívia, letícia, júlia, daniel, gabriel, alexandre rui.
nunca matilde, leonor, martim, tomás, francisco...
lianor e livia por exemplo são nomes bonitos e diferentes (em portugal, pelo menos^) que eu gosto
mas não os usaria porque provavelmente xamariam a criança de leonor e olivia.
também gosto de isadora, mas escreveriam IZAdora ou isa dora? talvez não, talvez usasse este, não é muito usado em portugal (pelo menos é a percepção que tenho)
portanto nomes pouco comuns, mas não diferentes. Axo que é uma escolha pelo seguro.
também gosto de Mei e Zuleica (pelo significado), mas nÃo o xamaria numa filha.
é a minha opinião, é subjetivo...
Bom dia!
ResponderEliminarEu gosto bastante de nomes diferentes mas dentro de uma certa normalidade. O que eu quero dizer é que facilmente escolheria um nome não muito comum, mas dificilmente escolheria um nomes completamente estranho, daqueles que ninguém sabe como escrever (acho que isso é que torna um nome alvo de gozo).
Mas em relação às crianças, concordo que as crianças por si não acham os outros nomes estranhos. Por exemplo eu tive na escola duas colegas chamadas Alina, uma vez falei numa delas ao meu namorado e ele achou o nome estranho porque nunca tinha conhecido nenhuma. Para mim sempre foi um nome bastante normal.
Já agora acho Pépio bastante bonito :)
GL, o nome do filho do Afonso Pimentel é Gabriel Noa.
ResponderEliminarhttp://activa.sapo.pt/tv/celebridades/2012/10/31/afonso-pimentel-esta-maravilhado-com-o-filho-c-parecido-com-os-dois
Escolhi Constança para a minha filha mais velha(tem 3 anos e meio) e na escola primária onde anda só há mais 1 Constança, que é 1 ano mais velha que por isso nunca andarão na mesma turma.
ResponderEliminarPessoalmente adoro nomes mais clássicos e compridos das cinco vezes que estive gravida (e infelizmente perdi) os nomes que tinha escolhido eram, se menino: Henrique, Frederico, Vicente, Sebastião e Francisco.
Se menina: Francisca, Benedita, Margarida, Madalena e Maria do Carmo (Carminho).
Não gosto de nomes da moda, estrangeirismos e não suporto a moda dos nomes com K, Y e W.
Torço o nariz quando ouço nomes como Kelly, Yuri, Yasmin, entre outros, se somos portugueses e vivemos em Portugal qual e o sentido de dar um nome estrangeiro?
Beijinhos
Vânia Rodríguez
Gosto de nomes diferentes, isto é nomes que não se ouvem todos os dias e em todo o lado. Tanto Matilde como Leonor eram dois nomes dos quais sempre gostei antes de terem ambos explodido em termos de popularidade. Já hoje por exemplo gosto especialmente de Amélia para rapariga, e de Benjamim ou Matias para rapaz. Apesar de serem nomes pouco diferentes no que toca a originalidade considero diferentes no sentido em que mantêm uma certa exclusividade não fazendo assim parte das listas dos nomes mais populares nos últimos anos. Em relação a Amélia por ex. já se começa a ouvir mais. A neta da jornalista Maria Elisa chama-se Amélia, uma das filhas da autora do blogue A Ervilha Cor-de-Rosa chama-se Amélia, a outra Elvira.
ResponderEliminarJá Benjamim foi amor à 1ªvista, adorei desde a 1ª vez que ouvi. Já agora, alguma vez escreveu sobre Benjamim? se ainda não aguardo ansiosa :)
Nomes que constem do top 30 nem pensar...Voto na escolha de um nome que, não sendo muito popular, faça parte de um top 100 ;)Original portanto e que não se ouça constantemente ;)
ResponderEliminarConcordo que somos demasiado conservadores em relação aos nomes, mas nem estou a referir-me a nomes estranhos e sim a nomes que simplesmente não estão na moda e, por isso, também concordo que nós, adultos, somos os primeiros a incentivar a crítica aos nomes diferentes...
ResponderEliminarRafaela, obrigada pela sugestão do filme, vou mesmo tentar ver! :)
Ana, obrigada por me pôr a par dessas bloggers :D
GL, quanto ao filho do Afonso Pimentel, só soube através da resposta da Rafaela e parece que é mesmo Gabriel Noah, só estou à espera de uma notícia que confirme, de facto, o nome, para fazer o post. O mesmo se passa com o nome da pequenita da Paula Lobo Antunes.
Eu cresci numa aldeia onde várias crianças tinham nomes diferentes, nascidas no final dos anos 80's havia uma Nádia, Núria, Delmira, Celso, Cora, Magda, Ivo, Ariana e um Ivan. Além disso na minha familia havia uma Judite, Lila, Otilia, Irina, Iara, Leo e Noémia.
ResponderEliminarOs únicos nomes que haviam repetidos nas minhas turmas eram sempre as Anas, no entanto quando fui para o secundário, para uma zona suburbana, tive um ligeiro choque, de repente toda a gente chamava-se Pedro, João, Mariana, Joana, Catarina... Talvez por isso tenha ganho um pouco aversão aos nomes da 'moda' e sou sincera fico sempre um pouco triste quando nasce algum bebé que eu conheço e os pais escolhem um desses nomes, para mim é uma escolha preguiçosa e que vai ligar a criança à época a que nasceu; mesmo que os pais gostem de um nomes existe sempre um nomes que tenham uma sonoridade parecida mas que é bem mais original e muitas vezes mais bonito.
Escolheria um nome diferente, sem problemas. Escolheria um nome que não fosse minimamente da moda, também. Os meus critérios são: ser simples, fácil de pronunciar e escrever. Nestes critérios acho adoráveis e usáveis a 19090% nomes mais esquecidos, mas não extremamente invulgares, como: Guiomar, Edite, Isabel, Júlia, Eloísa, Jaime, Álvaro, Tomé, entre tantos outros...
ResponderEliminarAdoro nomes invulgares, mas tem que haver razoabilidade na escolha para evitar constrangimentos no futuro. Escolhi um nome não muito comum para meu bebê ( Murilo) e quando estava grávida sempre perguntavam o motivo. Se tivesse escolhido um nome modinha, dos quais gosto em sua maioria, não teria esse problema. Não imagino alguém perguntando porque escolhi Gabriel, Lucas ou Mateus. Mas como o nome não está no top 10, muitos o acham estranho.
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