Mais um texto, desta vez da Isabel Stilwell, no Destak, que levanta o véu da polémica da escolha dos nomes "ridículos". A pergunta continua a impor-se: o que é um nome ridículo? Em Portugal, devido à tal lei que condiciona as nossas escolhas, todos achamos que conseguimos claramente definir o que é um nome próprio digno. Contudo, quando confrontados com nomes que já o são há muitos anos, mas que ouvimos pouco, achamos logo que aquilo é... bem, podem incluir aqui o adjetivo que mais vos agrada.
Nós, portugueses, também conseguimos rotular de ridículos os nomes que nos chegam de outras partes do mundo mas acredito que, para quem não tem como se balizar, a linha que separa o aceitável do inaceitável é cada vez mais ténue.
À partida, eu só considero "inaceitável" um nome que remeta para coisas negativas - mas o negativo para mim pode ser banal para outra pessoa qualquer. Quer queiramos quer não, estamos na área do gosto, da estética. E se hoje eu cometer a loucura de comprar aquelas botas que todas as bloggers fashionistas recomendam, tenho sempre a hipótese de, mais tarde, as arrumar a um canto e nunca mais as calçar. Trocar um nome é um bocadinho mais burocrático...
Atualização:
A propósito dos nomes ridículos, um casal francês quis registar o seu bebé como Daemon, inspirados na personagem Damon da série americana Vampire Diaries; contudo, o Estado resolveu intervir e levou-os a tribunal, invocando que o nome tinha conotações satânicas e era contrário ao interesse da criança. O advogado dos pais, por seu lado, argumentou que o nome (que tem um E a mais) não significava demónio, que se baseava na cultura anglo-saxónica e que, nesse caso, o nome significa "domar" e, além disso, a escolha do nome tinha sido feita à luz da liberdade individual. Entretanto, hoje foi noticiado que os pais foram autorizados a registar o nome.
Atualização:
A propósito dos nomes ridículos, um casal francês quis registar o seu bebé como Daemon, inspirados na personagem Damon da série americana Vampire Diaries; contudo, o Estado resolveu intervir e levou-os a tribunal, invocando que o nome tinha conotações satânicas e era contrário ao interesse da criança. O advogado dos pais, por seu lado, argumentou que o nome (que tem um E a mais) não significava demónio, que se baseava na cultura anglo-saxónica e que, nesse caso, o nome significa "domar" e, além disso, a escolha do nome tinha sido feita à luz da liberdade individual. Entretanto, hoje foi noticiado que os pais foram autorizados a registar o nome.
A linha é ténue e depende em muito das referências de cada um de nós. A propósito do caso que exemplifica do Daemon, entendo neste caso a tentativa de "obstrução" do estado. Ter um nome que parece um palavrão ou associado a uma palavra negativa, pode ser interpretado de muitas formas ao longo da vida, dando um rótulo negativo a uma pessoa desde o primeiro instante.
ResponderEliminarTive uma colega chamada Gina, um nome que para mim não me faz lembrar referência negativa alguma. Mas ela quando se apresentava dizia sempre "Gina, só Gina" para perceberem que não seria um diminutivo de Regina, pensava eu. Mas a verdade é que vim a perceber que muitas pessoas brincavam com o nome, umas por causa de uma revista masculina bastante antiga com o mesmo nome e outros pela semelhança com vagina. Eu achei bemmmm despropositado. Mas como já falamos diversas vezes todos os nomes podem ser gozados, depende mesmo da vontade de quem quer brincar.
A verdade é que ela, uma pessoa bem disposta e simpática ficava por vezes um pouco cansada com as gargalhadas alheias. Por isso, entendo que haja algum tipo de restrições. O que não entendo é o critério que distingue as situações concretas.
Não acho que haja nomes ridículos, existem nomes exoticos, combinações estranhas. É o gosto de cada um e muitas vezes uma questão de bom senso.
Acho que infelizmente somos limitados nas nossas escolhas, mas por outro lado consigo entender que certos nomes darão sofrimento ás crianças. Como exemplo dou esta noticia, que embora os nomes ñ sejam nomes extravagantes, têm uma conotação negativa...acho é k os pais deviam ser mais conscientes, isso sim...
ResponderEliminarhttp://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=34307
O problema de haver ou não nomes autorizados prende-se exactamente com o bom senso e a falta do mesmo. Nunca me passaria pela cabeça dar aos meus filhos nomes com conotações nazis, mas o meu marido teve um professor cujos filhos se chamam Adolfo e Ariana. São dois nomes perfeitamente aceitáveis, mas juntos, indicam algo sobre aquela família, sem sombra de dúvida.
ResponderEliminarEntão e os nomes que aqui se podem dar: Socorro,Remédios, Dores, Agonia.... para mim são tão horríveis como Diabo! Afinal são os males "dele"...
ResponderEliminarNinguem merece chamar-se Agonia...Deviam ser nomes mais que proibidos!