O que é que vos desagrada?

em 28/03/19


O meu modus operandi no blog passa por olhar positivamente para os nomes, porque creio que é o caminho mais útil para quem aqui vem. Mas também sei que é muito mais fácil apontar nomes que não nos agradam do que eleger um lote de preferidos. E para o trabalho que desenvolvo aqui, perceber os motivos que levam ao afastamento é tão importante como identificar os factores de deslumbramento e por isso gostava de vos perguntar aquilo que não procuram num nome e as características que vos desagradam. 

32 comentários:

  1. Eu tenho preferência por nomes singulares, que conseguem o efeito de os associamos imediatamente a alguém, da mesma maneira que quando dizemos maçã temos logo a imagem mental do fruto. Em oposição faço alguma resistência a nomes usados até à exaustão, dos que apagam a identidade da pessoa - Santiago, qual deles?
    A internacionalidade também é algo que dou muito valor, se eu tenho um contacto diário, constante com pessoas que falam inglês, alemão acredito que os meus filhos terão ainda mais, e os outros encontrarem dificuldade em dizer o nosso nome é um grande handicap.
    Depois claro, o significado e o sentimento/energia que o nome me passa.
    Foi com muita ponderaçao sobre estes pontos que escolhi o nome da minha filha, e o do meu futuro filho se um dia chegar.
    Só ressalvar que as pessoas é que usam os nomes e não o contrário e que isso é essencialmente o mais importante, e que não tenho preconceitos, isto foi o meu critério na altura de escolher um nome para um novo ser. Acima de tudo temos de procurar ser amigos uns dos outros e não encontrarmos motivos fúteis para nos rejeitarmos com desprezo.

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  2. Para mim é importante que não sejam nomes demasiado populares (cheguei a ser uma de três Ritas na turma e odiava, é quase trauma).
    Gosto de nomes portugueses antigos, mas prefiro de longe os nomes populares aos nomes mais betinhos.
    Então é uma conjugação: fugir às modas (à moda dos Salvadores, Beneditas, Constanças e assim, mas também à onda mais hipster das Amálias, Alices, Emílias, Júlias ou Vicentes, de que gosto e que são mais raros, mas bem comuns à minha volta) e encontrar nomes que existissem nas senhoras da minha aldeia, que ache bonitos e que consiga vender ao pai :)

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  3. - Não quero nomes populares porque temos apelidos muito populares e também não quero nomes que vão ser populares dentro de poucos anos.
    - Não quero nomes estrangeiros e também não quero nomes com acentos.

    - Não quero nomes que sejam logo reduzidos a um diminutivo.

    Pode ajudar Filipa? :P

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  4. Que pergunta interessante, Filipa! Estou curiosa para ler as respostas dos outros leitores.

    Pessoalmente:

    - Não gosto de nomes populares ou, passo a expressão, “corriqueiros”: gosto de nomes antigos e tradicionais, mas a sobrelotação de determinado nome faz-me fugir dele

    - Não gosto de nomes “floreados” e/ou cheios de letras desnecessárias: gosto de nomes elegantes e com carga histórica, mas que tenham uma certa simplicidade

    - Não gosto de nomes modernos: sei que têm subido de popularidade e compreendo o porquê das pessoas gostarem, pessoalmente detesto e não se enquadram com os meus nomes de família

    - Não gosto de nomes internacionais: na minha cabeça não faz sentido que uma criança com pais portugueses, nascida em Portugal e que vai viver em Portugal tenha um nome inglês, francês, italiano, etc.

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    1. Madalena, será que pode dar um exemplo do segundo ponto, sobre nomes com letras desnecessárias?

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    2. Talvez a Madalena esteja a falar de exemplos como "GabrieLLa", "THiago", "VIIctoria"...

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  5. Pode parecer parvo.. mas não gosto de nomes antigos porque não encaixam no meu estilo de vida! É estranho imaginar o meu filho que é adepto de gadjets e desportos radicais com um nome pesado e que me lembra o meu avô, parece que não combina!

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  6. Não gosto de nomes com muitas vogais átonas, soam-me muito fechados, prefiro-os mais alegres.

    Não gosto muito de nomes super compridos, prefiro mais simples.

    Não dou importância nenhuma ao significado do nome. Prefiro saber a língua em que tem origem, mas mesmo assim é uma coisa que costuma estar dissociada do nome, porque dou mais importância à associação subjectiva que faço ao nome (se é "doce", por exemplo).

    Não gosto muito de nomes compostos para serem usados sempre em conjunto (por exemplo, João Pedro), prefiro nomes compostos que são, como a Filipa costuma dizer, uma "prendinha" dos pais para os filhos, até porque dá mais possibilidades de combinação e de escolha. Outra razão para não gostar de nomes compostos é que não funcionam no estrangeiro e, falo por experiência própria, é muito estranho ser reduzida a um nome com o qual não me identifico quando toda a vida me identifiquei com a combinação de dois nomes.

    Não sei bem se gosto de nomes literais. Gosto deles em teoria mas não sei se usava, e também acho estranho quando um filho tem um nome literal e moderno e os outros não. Antes não ligava à combinação entre nomes de irmãos, mas agora já dou importância.

    Pronto, e por fim, a confissão ligeiramente mesquinha: não gosto de nomes populares ou da moda, nem de nomes betos. Valorizo muito a originalidade e a rejeição das hierarquias sociais que determinam que determinado nome é chique e outro não é. Quanto à popularidade, há o problema de decidir o que fazer quando gostamos mesmo muito de um nome que está a tornar-se popular: desistir dele não é tão infantil como escolher um nome só porque está na moda?

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  7. Gosto da ideia deste tópico.
    As respostas vão divergir, até porque não podemos gostar todos do mesmo. E este fórum serve mesmo para isso para trocar ideias sem ofender ninguém e também sem ser ofendido.

    Ora bem, vou dizer o que não gosto.

    Não gosto de nomes internacionais (vejam a lista de nomes estrangeiros aceites em Portugal) a não ser que um dos progenitores tenha dupla nacionalidade ou outra nacionalidade que não a portuguesa.

    Não gosto de nomes compostos.

    Não gosto de nomes dos irmãos parecidos, como por exemplo - Lara & Mara ou - Diego & Diogo.


    Não gosto de repetição de nomes apenas porque é tradição de família.


    Não gosto de nomes da moda. (Os nomes que têm estado no top 10 nos últimos anos)


    Não gosto de nomes curtos.


    Não gosto que os nomes dos irmãos não combinem.. Por exemplo, a Caetana e o Rúben, ou, Naiara & Vicente.


    Não gosto de nomes com (Y, W, K).

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  8. Está-se claramente a confundir conceitos.
    Internacional (comum a vários países incluindo o próprio) exemplo: Aurora, Alice, Laura, Romeo, Mário.
    Estrangeiro (não nacional): Muhamad, Svetlana, Eric, Sakura, Scarlett etc.

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    1. Exato! Quando me refiro a nomes internacionais estou sempre a pensar em nomes como Miguel, Artur, Alice, Laura, Camila, Elias, etc.
      Nomes como Enzo, Dylan, Lorenzo, Kevin, etc. até podem ser "internacionais" mas refiro me sempre a esse como nomes estrangeiros em uso em Portugal.

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  9. Eu honestamente não me considero muito esquisita com nomes e há sempre um nome dentro de uma certa "categoria" que gosto, portanto acho injusto eliminar por categoria.
    Mas partilho algumas das opiniões já mencionadas:
    - Não usaria um nome com caracteres como Y, W, K. Contudo não quer dizer que nao goste de nomes com esses caracteres para uma criança não portuguesa.
    - Não gosto de nomes "inventados", tipo Lyonce ou Amoor...
    - Não gosto de nomes "acessórios" como o Maria é usado em muitos casos.
    - Não gosto de nomes de irmãos que não combinem ou que sejam demasiado semelhante... Também tentaria evitar iniciais repetidas.

    De resto, acho que depende de nome para nome e nem sei explicar porque é que não engraço com certos nomes...

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  10. Comigo, pessoalmente, acontece o contrário, tenho maior facilidade em apontar as caraterísticas que procuro/gosto num nome do que as que me fazem não gostar dele. Por exemplo, sei apontar imediatamente a minha predileção por nomes clássicos e originalmente portugueses, a minha preferência por nomes longos e simples e a procura por uma sonoridade que a mim me pareça harmoniosa. Mas agora refletindo sobre o que me afasta de determinado nome diria que uma grafia alternativa ou demasiado elaborada, a popularidade exagerada e também não sou particular fã dos nomes modernos. Há coisas às quais não deu tanta importância como o significado ou a internacionalidade.
    Beijinhos,
    Sofia.

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  11. Boa noite!
    Eu quando não gosto de um nome é mesmo de um nome e não da categoria a que pertence. No entanto, o seu blogue é muito versátil e aborda todo o tipo de nomes! Acho que consegue agradar a gregos e a troianos =)

    Um beijinho

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  12. Pessoalmente, não gosto do elitismo que está sempre ligado à escolha dos nomes em Portugal, chega-se a um ponto que quando se pergunta aos pais porque escolhem Maria ou Santiago, nem eles sabem explicar porquê, é a típica mentalidade pequenina portuguesa a funcionar. Para piorar, os nomes betos de hoje sofrem de uma falta de originalidade tremenda, são sempre os mesmos, antes havia mais variedade.
    Depois não tenho muita paciência para:
    A conversa dos "nomes modernos", o que são nomes modernos?, nomes que caíram em desuso, e que agora são populares?, nomes pouco comuns em portugal?, nada disto faz desses nomes "modernos".
    A conversa do uso de nomes "estrangeiros" em Portugal vs nomes "portugueses", não existem praticamente nomes "portugueses" e os que existem, dificilmente se podem circunscrever com seriedade ao actual território do pais, no mínimo são nomes "iberos" ou luso-galegos, etc.Por isso, esta conversa é apenas outra face do elitismo, da superioridade moral que muitos acham que têm em relação a outros grupos sociais. As pessoas podem preferir João a yohanan, ou Ionnais ou Giovanni, mas esse nome não é português, é uma versão aportuguesada, e também não devem ficar na ignorância do "chamei o meu filho de joão/isabel porque são nomes com história em Portugal", naquela época não havia estes nomes, ironicamente esses sim os verdadeiros "nomes modernos", pois nasceram na contemporaneidade.
    Outro ponto da nossa ignorância colectiva, é relacionar o Y/W/K, com "nomes estrangeiros", é certo que a educação básica do sec XX foi o que foi , mas estamos noutro século, estas letras não são "estrangeiras", sempre fizeram parte da nossa língua até ao desastre do sec anterior, e eram com essas que se escrevia João e Isabel, os "modernos" (que acham que não o são) é que mudaram as regras.

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  13. Alguns aspectos que me intrigam, (não é que me desagradem):
    As pessoas normalmente dizem que não gostam de nomes literais, ou dizem que gostam mas que não dariam um nomes desses aos filhos, mas depois temos Salvador como um dos mais populares, mais literal que isso é impossível, e é um nome beto, noutros países este nome estaria ligado a classes mais baixas, aqui e o contrario, e sim há uma óbvia ligação ao cristianismo, mas este não o único pais com esse factor.
    Ainda nos nomes literais, mas noutro campo os nomes que estão ligados a países/locais, o nome Arménio praticamente desapareceu, mas agora há Francisco, que significa "francês/de frança", um francês chamaria português a um filho?, tem alguma piada este ser um nome beto mas Arménio nunca seria.
    Depois temos o nome Santiago, um nome mais espanholado/castelhano seria impossível, mas chegou a ser o numero um do ranking.

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  14. Para mim era importante dar às minhas filhas um nome que ficasse bem em pequenas mas que crescesse com elas sem parecer um nome infantil na face mais adulta das suas vidas.
    - Procurei dar nomes simples e tradicionais para não terem que passar toda a vida a corrigir as outras pessoas e a soletrar o próprio nome.
    -Que nunca lhes causa-se embaraço.
    -Que ficasse harmonioso com os apelidos
    -Gosto de nomes compridos e clássicos de grafia elegante.
    -Não aprecio nomes muito modernos e com grafias muito elaboradas.
    -Não aprecio nomes muito populares.
    -Irmãos com nomes muito parecidos como Paula e Paulo, ou com nomes muito diferentes em estilo como por exemplo Diego e Sebastião ou Yasmin e Caetana (nada contra os nomes).
    -Não aprecio irmãos todos com nomes com a mesma inicial.
    -Nomes próprios que são diminutivos como Rosarinho, Carminho, Gui...
    Por fim, e é mesmo por ser picuinhas, não aprecio nomes que soam a plural do nome como Mateus, Marcos, Domingos...

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  15. Ser muito usado! É o que mais me desagrada, sem dúvida.

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  16. Nem mais! Confesso que quando gosto de um nome se chega aos lugares cimeiros do ranking perco o interesse

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    1. A mim acontece precisamente o mesmo. Há tanta variedade de nomes bonitos fora do ranking!

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  17. - Definitivamente não gosto de nomes demasiado usados. É porque quando um nome pega moda, de certeza que a criança vai ter mais uns quantos colegas com o nome igual.
    - Não gosto de nomes estrangeiros, sendo a criança filha de portugueses e nascida em Portugal. Nada de Y, K ou W... Se os pais forem de outras nacionalidades, até compreendo.
    - Não gosto de nomes repetidos dentro da mesma família.
    - Não gosto de nomes que remetam para uma determinada classe social. Sejam eles nomes betinhos ou típicos de bairro social. Opto por nomes mais neutros.
    - Não gosto de nomes demasiado estranhos/incomuns que levem a criança a ser gozada na escola pelos colegas. Por ex.:Salvina, Silvério, Albino, Capitolina etc.
    - Não gosto de nomes que não encaixem bem com o sobrenome, como Fernando Fernandes, Gonçalo Gonçalves,Marta Martins etc.
    - Não gosto de dois nomes próprios começados pela mesma letra, como João José, Pedro Paulo, Maria Manuela, etc.
    As minhas exigências parecem muitas, mas há pais bem mais picuinhas...

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    1. Sobre a combinação com o apelido, que outras "regras" para além da semelhança sonora é que há? Confesso que não é uma questão sobre a qual tenha pensado muito, mas fico sempre confusa quando alguém diz, ao apreciar um nome, "depende do apelido". Percebo e concordo com os casos que mencionou, mas gostava de saber que outros critérios é que as pessoas usam. Se calhar dava um post interessante de conversa, não, Filipa?

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    2. Para mim só não gosto quando a sonoridade do primeiro nome é semelhante à do sobrenome. Como nos exemplos que dei... Tirando isso, não ligo à combinação nome + sobrenome. Na minha família a única preocupação era sempre com o primeiro nome. Depois era só juntar um apelido da mãe e outro do pai e já estava!

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    3. E quando põe o nome próprio igual ao apelido?
      André André, Lourenço Lourenço, Duarte Duarte, etc... Terrível. Parece um eco.

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    4. Não conheço nenhum caso assim. Mas também não me agrada nada.

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    5. Um jogador de futebol, jogou ou joga no FC Porto e chamava-se André André.

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    6. Ouvi há uns dias o caso de um miúdo que vai nascer e que se vai chamar Miguel Miguéis. E os pais nem sequer tinham reparado, só tinham escolhido Miguel. É caso para trepar paredes: como é que não se repara numa coisa tão básica?!?!

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    7. Nesse caso, se o menino ainda não nasceu,ainda estão a tempo de mudar. Ou sou eu que sou muito esquisita ou seria das primeiras combinações a darem erro na minha cabeça. É muito Miguel junto buma criança só! Eheheh

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  18. Não gosto de nomes que eu associe a cantores pimba. Não gosto de nomes estrangeirados. Não gosto de nomes difíceis de pronunciar ou escrever, de tal forma que tenha sempre que soletrar.

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  19. Não gosto de nomes curtos, nomes compostos, nomes que são muito usados, nomes antigos.
    Não gosto de nomes dificéis de escrever e falar cheios que as pessoas adoram encher de y, ll e etc.
    Gosto de nomes longos, diferentes e que raramente as pessoas usam.

    Meu nome é Daniele.

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  20. Nomes muito populares, que tenham K, W, Y, que pareçam nomes "de velho" não me agradam...

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