Os nomes e as tradições familiares

em 07/01/19


Por sugestão de uma leitora, hoje abro espaço para contarmos histórias de escolhas de nomes amparadas por tradições familiares. Na minha família, há vários "herdeiros" de nomes, mas nada de muito extraordinário: filhos que receberam os nomes dos pais, meninas que receberam os nomes das madrinhas, madrinhas que vetaram o nome escolhido pelos pais. Porém, através do blog, tenho conhecido casos bastante complexos e aqueles que mais me marcaram foram os de futuros pais que se sentiam aprisionados pelas escolhas dos antepassados. Como já aqui tive oportunidade de dizer, eu simpatizo com a ideia transformar a atribuição do nome a um recém-nascido num ritual familiar, mas apenas e só quando essa é a vontade dos pais e nunca por imposição da árvore genealógica. No entanto, convém referir que estes casos foram mais marcantes mas não foram os mais numerosos e que conversei com muitas pessoas que se sentem felizes por partilhar o nome dos seus entes queridos e muito orgulho em partilhá-lo com os filhos! Contem-nos então as vossas histórias! 

11 comentários:

  1. Na minha família, o nome do primeiro menino é sempre José Maria!

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  2. Na minha família toda a gente tem Francisco ou Francisca como segundo nome. Eu sou Joana Francisca, o meu irmão Tiago Francisco, a minha mãe não é Francisca porque a madrinha dela vetou (então ficou Hermínia - nome da madrinha - da Conceição - escolhido pela madrinha) e todos os irmãos da minha avó são Franciscos. O Pedro vetou isto no Matias porque achou que não ficava bem, e de certa forma eu concordei, mas acho uma tradição gira e talvez a faça nos próximos :)

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    1. Adorei Tiago Francisco, como não pensei nisto antes.

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  3. Acho graça quando é uma situação como a que a Joana conta no comentário acima, a partilha de um segundo nome, como que um elo de ligação para lá dos apelidos. E já agora, adoro Joana Francisca, acho mesmo bonito!
    Já não gosto quando se vão passando através de gerações o primeiro nome próprio... Avô Manuel, Pai Manuel, Filho Manuel, Neto Manuel... É como se não tivessem identidade própria. Conheço um caso em que para distinguir Mãe e Filha optaram por tratar a filha por um diminutivo e para mim esse diminutivo é quase o real nome da criança. Ah, e conheço primos que partilham o mesmo nome próprio que veio do Avô. Também me parece impessoal.
    Na minha família, aconteceu na minha geração levarmos com o segundo nome em homenagem ao padrinho ou madrinha. Eu escapei, felizmente, mas há combinações de nomes fabulosas entre os meus primos graças a isso... anos 70 e 80 😂😂

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    1. Podia partilhar algumas dessas combinações

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  4. Tinha um bisavô chamado Álvaro José que teve 7 foi ilhos dois deles chamados José Álvaro e Álvaro (só).

    Nesse mesmo lado da família Constança era o nome para as raparigas e por isso chegou a haver tantas Constanças filhas dos vários irmãos da minha bisavó que tinham que ser distinguidas pelo apelido.

    Do lado do meu avô, que nasceu em Goa, era tradição chamar ao primeiro neto o nome do avô. Só que este avô chamava-se Aires. Assim, o primeiro neto chamou-se João Aires (apesar da mãe querer João Paulo) e outro primo (por na altura do batizado a avó estar em Portugal) ficou Aires Nuno.

    Sinceramente, acho graça a estas tradições mas mais pelas histórias do que por outra coisa. E talvez considerasse para filhos meus porque estes nomes saltaram todos uma ou duas gerações e gosto de alguns deles. Se não fosse o caso, também não teria problema nenhum em chamar outra coisa.

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  5. Na minha família há imensos Antónios (tanto do lado do meu pai, como da minha mãe). Ambos os meus avôs eram António, o meu pai ficou António e o meu irmão também (mas todos com segundos nomes diferentes!). José também é bastante comum. O meu pai ficou logo com os dois :P A minha avó paterna é Maria como primeiro nome tal como a irmã gémea e a outra irmã (todas com segundos nomes diferentes. Acho super engraçado!). Eu sou Sandra porque o meu irmão tinha uma educadora que adorava (chamada Sandra) e disse que se eu não me chama-se Sandra, eu não era irmã dele. Coitados dos meus pais, não podiam ter 2 filhos que não fossem irmãos :P

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  6. O meu pai é o mais novo de uma série de irmãos, vários já falecidos, alguns bastante idosos. Dois dos meus filhos têm nomes de irmãos dele. Eram nomes de que gostávamos e estavam nas nossas listas de preferências. Na hora da escolha, a tradição familiar e esta "ligação" à família materna, cujos apelidos ficam sempre um bocadinho "para trás" foi um fator decisivo.

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  7. O pai do meu sogro era João, o meu sogro é João e o meu marido é João. Quands a na
    Nos tempos de namoro, quando falávamos de nomes dos filhos ele dizia que queria pôr João eu nunca concordei mas visto ser uma tradição de família tinha que fazer o frete. E, não era um frete qualquer, era um frete pra vida. Era o nome do meu filho!!! Na primeira gravidez, ficou decidido que se fosse uma menina eu escolhia o nome e se fosse um menino ele escolhia. (A escolha dele era óbvia, João). Eu que sempre tive o sonho de ser mãe de menino rezava para ter uma menina. E não é que veio uma menina? Na segunda gravidez, a mesma coisa, menina escolhia eu e menino escolhia ele. Quando descobri que estava grávida dum menino nem abri a boca. No dia a seguir, ele veio falar a comigo e, para meu espanto, ele diz-me que não queria pôr João. Disse que na altura via as coisas de outra forma e que não fazia sentido. Que alívio! 😂

    P. S: Eu adoro o nome João.

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  8. Eu sou a primogênita dos meus pais e chamo-me Carla Sofia.
    A minha irmã colocou à primogenita o nome de Anna Sofia. A madrinha dos meus filhos, tb ela é primogenita e chama-se Ângela Sofia. Por isso, sempre disse, que qdo tiver uma filha primogenita, que lhe colocarei como 2° nome "Sofia". Acho uma tradição engraçada somente porque se trata do 2° nome.

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  9. Curiosamente onde vivo, antigamente havia a tradição de chamar Maria e Manuel aos primeiros filhos de um casal.
    Vai que os meus avós eram os primogénitos, então tanto os avós maternos como paternos eram Maria e Manuel. E em ambos os casais, o primeiro filho homem foi Manuel e a primeira filha Maria. Às vezes era um bocadinho confuso quando me falavam da tia Maria ou do tio Manuel pois tinha dois. A solução foi mesmo distinguir pelo apelido.
    Felizmente essa tradição já não se repetiu na minha geração.

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Num blog sobre nomes, vai mesmo optar por ser apenas Anónimo? :)