Se as práticas de nomeação fossem lógicas, não tinham piada nenhuma. E eu não dedicaria tantas horas a pensar no que leva a população a apaixonar-se por um nome, ignorando, ao mesmo tempo, outro muito semelhante.
Vejamos o caso de Vicente, um nome que está a atravessar a fase de maior popularidade de sempre, e de Clemente, que foi escolhido uma única vez em 2017. Ambos são nomes de origem latina, remetem para adjectivos aspiracionais [vencedor e bondoso], estão presentes na onomástica portuguesa desde sempre, estão na lista de nomes dos Infantes de Portugal, são ambos comuns enquanto apelidos, atravessaram o século XX com níveis de popularidade semelhantes... e é o que se sabe.
Mas eu até acho que haveria espaço para Clemente: o facto de ser literal não tem sido problema para Clara ou Salvador; estaria bem junto de Benedita, Constança e até de Madalena. Ou poderia beneficiar da popularidade de Santiago & Francisco, pela ligação à Igreja Católica.
O homem da foto é o supermodelo francês Clément Chabernaud, que nasceu nos finais da década de 80, quando Vincent era um dos nomes masculinos mais populares na França. E se hoje Vincent está fora do top 100, Clément ocupa um distinto 36.º lugar, como vimos aqui há um par de meses. Quem sabe se daqui a vinte anos não estamos na mesma situação...
tenho um colega (na casa dos 20 e poucos) chamado Clemente e, como sempre, se no primeiro encontro até pode parecer um nome estranho, uns dias depois já é super normal :p
ResponderEliminarVicente é um nome muito bonito!
ResponderEliminarEsta rubrica é muito interessante! Adorei ler este post. Que nomes serão chamados ao palco no próximo? .... :)
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