O homem e o apelido da mulher

em 30/06/15


Apesar de ser louca por nomes próprios, não tenho particular interesse no que respeita aos apelidos. Ainda assim, gostava de deixar aqui o link para um artigo do Diário de Notícias que dá conta de que, no ano passado, 1422 homens optaram por adoptar o nome de família da mulher. Conhecendo os hábitos de nomeação em Portugal desde a Idade Média, e sabendo da importância dos patronímicos, é uma mudança bastante significativa! 

Quando casei, mantivemos os nomes de solteiros e não consigo sequer imaginar-me a deixar para trás os apelidos que me acompanham há tantos anos, em prol do nome de família do meu marido -  e não tem nada a ver com o facto de me sentir [ou não] parte integrante daquele núcleo familiar! No meu círculo de amigos, também não é uma prática comum mas a notícia diz-nos ainda que mais de 40% das mulheres que casaram em 2014 escolheram ficar com o apelido do marido. E se nos lembrarmos que em 2010, apenas 3% dos bebés registados tinham como último apelido o nome de família materno, percebemos que as tradições ainda se mantêm muito enraizadas. 


Desse lado, houve troca de apelidos? Pensam nessa possibilidade? E o que acham da hipótese de o homem adoptar o apelido da mulher? 


21 comentários:

  1. Os meus pais ficaram com os apelidos deles, não trocaram. Já uma das minhas tias ficou com o apelido do marido, o meu tio.
    Pessoalmente detesto ver pessoas a trocar os apelidos quando casam, parece que perdem as suas identidades. Acho tão "mau" uma mulher trocar como um homem trocar. Não vejo a necessidade, sinceramente. Mas isso é uma escolha pessoal. Há mulheres que mudam porque querem, isso é com elas. Há homens que mudam porque querem, isso é com eles.
    Eu não mudava, nunca. Tenho os meus apelidos, cada um faz parte de mim e da minha história e não abdico deles por nada. Tenho orgulho nos meus apelidos e não aceito os de mais ninguém.
    Sou da minha família, fico com os apelidos da minha família. Dois da mãe, dois do pai, no meu caso. Um dia os meus filhos farão parte da minha família, e metade dos seus apelidos serão meus (na ordem que ficar melhor). Uma mulher adotar o apelido do marido parece que se está a fundir com a família toda dele, quando a ideia é fundir-se apenas com ele, criarem juntos uma nova família. É como eu vejo a coisa. E para o homem a mesma coisa, ficar com o apelido da mulher parece que é irmão dela e não marido. Não gosto dessas trocas. Mas pronto, quem gosta faz. Simples :)

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    1. Eu já acho k numa família fica mais bonito todos com o mesmo sobrenome... E não é como se deixassem de ter os que tiveram a vida toda, só acrescentam um! Para mim fica no final o mais bonito e invulgar... Portanto ou o do pai ou da mãe consoante estes critérios.

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  2. Os brasileiros em geral usam o termo apelido com o mesmo sentido de alcunha, não o relacionando ao termo sobrenome. Outros há que usam o termo patronímico como sinônimo de sobrenome, quando na realidade é apenas um tipo de apelido.
    Destarte, apelido é o mesmo que sobrenome, o qual pode ser um patronímico (nome do antepassado masculino acrescido do sufixo "es": Rodrigues, Nunes, etc.); um toponímico (nome de lugar da procedência da família: Morais, Porto, etc. ), ou uma alcunha (nome pelo qual se torna conhecido pela profissão ou outra particularidade: Ferro, Carneiro, Branco, Anjos, etc.).
    No Brasil a ordem dos sobrenomes, de acordo com dispositivo legal, fica a critério dos pais, mas a maior parte recebem por último o sobrenome do pai. Os nomes de família dos casados também é de livre escolha, ultimamente nota-se a preferência em conservar os nomes de solteiros.

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  3. Não mudei, não mudaria jamais, ele também não.

    Concordo inteiramente com a Maria Pilar. Não vejo necessidade nenhuma de tais trocas ou acrescentos, acho que a pessoa que muda de nome perde identidade.

    Os meus filhos têm 3 apelidos: o da avó paterna - o meu - o do pai. O pai quis muito homenagear o avô que o criou dando aos miúdos o seu apelido; eu exigi que ficasse antes do meu, para que os dois últimos apelidos dos miúdos sejam os da família que criámos. O meu é esquisito, o do pai é mais "normal", por isso ficou em último (achei que lhes poderia facilitar a vida e evitar terem de soletrar mil vezes). O meu filho mais velho, curiosamente, só usa o meu apelido, todos os amigos o conhecem assim. A do meio não gosta de coisas fora do vulgar e só usa o do pai. Veremos o que farão os pequenitos. ;)

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  4. Pessoalmente, nunca adoptaria o nome do meu marido. Acho que actualmente já não faz sentido; antigamente, a mulher, quando se casava, deixava de pertencer ao pai para pertencer ao marido, e a mudança de nome era indicação disso mesmo. Os meus apelidos fazem parte da minha história e não me faz sentido estar a trocá-los ou adicionar-lhes um outro só porque mudei de estado civil.
    Dito isto, não julgo quem o faz, homem ou mulher. Acho muito bem que cada pessoa tenha liberdade para agir como quiser em relação aos seus sobrenomes e aos dos filhos, dentro das possibilidades legais. No meu caso, não acho importante que os meus filhos tenham como último sobrenome o do pai, terão os nossos apelidos na ordem que nos soar melhor e fizer mais sentido.

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  5. Eu só não pondero usar o meu apelido em último porque já vou usar nomes raros. Nomes raros mais apelido pouco comum ia ficar um pouco estranho, acho eu. Visto que o apelido dele é super conhecido, acho que fica melhor. Hoje em dia já há muita liberdade - ou mesmo total - o que faz com que muita coisa outrora "obrigatória" já não o seja atualmente.

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  6. Nos fazemosparte desses numeros que casamos no ano passado. Eu acrescentei o nome dele e ele o meu mas ambos depois do nome próprio

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  7. É muito bonito isso, mas depois só 3% das crianças têm o último da mãe... Não sabia desta!! A sociedade pode começar a aceitar que a mulher já não seja vista como um "pertence" do marido... Mas crianças sem o último nome do pai?! Ainda é um escândalo, parecem filhas de outro ou de mães solteiras (e daí?!)
    Os meus filhos vão ter o meu apelido em último!
    E não pretendo casar, portanto também não tenho que me preocupar em perder o meu apelido, mas mesmo que casasse...Jamais!

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  8. Aqui na Suiça cada pessoa so tem um nome. Quando uma mulher se casa, 'perde' o dela e fica com o do marido. Eles acham mt estranho nos os portugueses termos 2 apelidos. A ventagem de so ter o nome do marido é que mulher, marido e filhos têm todos o mesmo apelido entao é mt facil de encontrar nos registos e etc.

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    1. E por que não fazem isso com o apelido da mulher? Casam, o homem perde o dele e ficam todos com o dela. Mulher, marido e filhos têm todos o mesmo apelido e fica fácil de encontrar nos registos.

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    2. Tambem é possivel, mas é pouco utilisado.

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  9. Era importante para o meu marido que tivessemos o mesmo apelido e fiz-lhe a vontade!

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  10. A minha mãe quando casou ficou com o nome do meu pai já o meu pai não ficou com o da minha mãe o que eu acho autentica injustiça. Porque ou não nenhum ou punham os dois.
    Eu cá não meto do meu marido.

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  11. Por aqui ainda não casamos mas não tencionamos alterar os nossos nomes. Nem me passa pela cabeça adotar o sobrenome do meu futuro marido. Para mim não faz sentido. Quanto à nossa bebé, nasceu o ano passado e ficou com o meu sobrenome. Era um desejo que tinha e o pai aceitou sem problemas.

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  12. Por aqui nenhum vai mudar de nome quando nos casarmos, não faz sentido. Um casal amigo que se casou no ano passado adoptou mutuamente o apelido do outro, formando um apelido composto que agora ambos têm igual. Se fosse para mudar, faria assim, mudarmos os dois. Mas não acho que faça sentido sequer mudar.

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  13. Penso como a Cata: ou adoptam os dois, ou não adopta nenhum. Se adoptarem os dois, acho que os apelidos devem ficar pela ordem que soar melhor, ou então cada um acrescenta o apelido do outro em penúltimo lugar:

    Exemplo

    Ela: Alves
    Ele: Gomes


    Depois de casados:

    Ela: Gomes Alves
    Ele: Alves Gomes


    Quando (se) tiverem filhos, optam pelo que soar melhor, ou então para um metem Alves Gomes e para outro Gomes Alves, não vejo problema :)

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  14. Eu não alteraria o meu. O que é certo, é que um apelido pouco comum é um cartão de visita. É como um nome pouco comum, também o é. Todos sabem quem é a Adalgisa, mas ninguém se recorda da Ana Filipa do 5º ano. Assim como todos se recordam do Daniel Libório mas ninguém fixou o Daniel Carvalho. Eu sou Pereira, e Sofia e, portanto, ninguém me fixa. Sem dúvida que se tivesse um nome ou apelidos incomuns me tinha ajudado em várias situações. Por isso, acho que seria interessante investigar se as situações em que os homens decidiram ficar com os apelidos das mulheres não é porque as suas mulheres têm um apelido incomum, que destaca. Acredito que possa ser um dos motivos nos dias de hoje. Se eu tivesse um apelido incomum e o meu marido não eu teria feito força para os meus filhos ficarem com o meu. Assim, não fiz, e deixei o que é comum também para o pai não ficar melindrado.

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  15. Os meus pais casaram há 35 anos e optaram pelos apelidos um do outro, sendo que o meu pai colocou o nome da minha mãe em penúltimo ficando assim ambos com os dois apelidos iguais.
    Eu quando casei adoptei o nome do meu marido, não me imagino a ter um apelido diferente das minhas filhas. Assim somos a família X e não a família X e Y.

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  16. Quando casei não mudei o meu apelido, sendo que uma das razões é porque já tenho quatro e não me apetecia acrescentar ainda mais um (quase parecendo da família real, lol). Acho que mesmo sem essa razão, não acrescentaria o apelido do marido, porque sempre me identifiquei com os meus e pronto!
    Quanto à filha, ficou com o meu ultimo e o ultimo dele (por esta ordem). Foi mais ou menos automático. É assim que é habitual fazer, nem pensei muito no assunto.
    Não tenho nada contra quem faz de outro modo. Acho que cada qual deve fazer como melhor se sentir.

    Uma curiosidade: a minha avó materna e os seus 2 irmãos tinham apenas um apelido cada um, mas o da minha avó era o da mãe e o dos irmãos do pai, porque naquela zona havia (alguma) tradição de ir alternando os apelidos de pai e mãe. Como ela é a do meio, foi a única que ficou com o da mãe! :)

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  17. Pessoalmente para mim é irrelevante... Não acho k se perca a identidade, é apenas um sobrenome a mais! Acho k todos dentro do núcleo familiar ( mulher, homem mais filhos) devem ter o mesmo sobrenome... Agora se é o do homem ou da mulher tanto faz, escolhe-se o mais interessante :) eu por exemplo nunca k meteria um Silva no fim do meu nome mas td ok em um mais invulgar .,. Quando casei foi isso k levei em conta, então adotei do meu marido k é menos utilizado e sinceramente não me faz confusão alguma em ter aquele sobrenome a mais

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  18. eu gosto do facto de toda a gente na família ter o mesmo último nome, a minha mãe é a única que não tem Bernardo, parece nem ser da família! Mas sabiam que antigamente em Portugal, as meninas ficavam com o nome da mãe e os meninos com o do pai? a minha avó tem ferreira como ultimo nome, já os irmãos homens têm gomes! na minha zona pelo menos era o habitual! Havia portanto duas linhas a feminina e a masculina!

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Num blog sobre nomes, vai mesmo optar por ser apenas Anónimo? :)