Quando há uns dias abordei o nome Benedito, sabia que as opiniões dificilmente seriam favoráveis. Não só não foram, como também o contador de votos indica que, até ao momento, 520 participantes não gostam do nome, contra 62 que gostam. A rejeição é mais do que evidente, mas será suficiente para riscar o nome da minha lista de usáveis para 2014?
A resposta é Não, mas eu não sou uma pessoa "normal". Eu encaro os nomes de uma perspectiva muito particular que, muitas vezes, vai contra a opinião dominante. Se acho todos os nomes bonitos? Não. Se eu sei distinguir entre os nomes que a maioria dos portugueses acha aceitável e os que acham imponderáveis? Sei. Mas, hoje em dia, para que eu diga a outra pessoa que determinado nome não é usável, é preciso que esteja totalmente demodé (e sim, há nomes muito normais que estão totalmente fora de uso e que dificilmente se usarão nos próximos dez anos) ou que o nome seja tão, tão, tão moderno, que nunca o tenha ouvido noutro lado e que me pareça, apenas, uma palavra inventada.
Ainda assim, não é só o meu conhecimento alargado sobre os nomes que me faz achar que não devemos deixar de usar um nome só porque os outros não gostam ou ainda não despertaram para ele. É também uma questão de personalidade. Como já disse por diversas vezes, não tenho problemas em mudar de opinião. Mas, para isso, têm de me apresentar argumentos fortes e que se estendam para além de...
- Já ninguém usa esse nome;
- É nome de velho;
- É nome das novelas;
- Não é nome de gente;
- É um nome propício a brincadeiras maldosas.
Não ponho em causa a legitimidade destas preocupações mas, simplesmente, já não me identifico com elas e não me parecem robustas a ponto de me fazer mudar de ideias, porque as ouço a respeito de todos os nomes. E não pensem que sou uma inconsequente que não vê mal nenhum na possibilidade de uma criança ser atormentada na escola por causa de um nome. É claro que me preocupa e é claro que acho muito mal! Até porque a questão da personalidade também se coloca noutro ângulo: terei ou não arcabouço emocional para aguentar sorrisos amarelos e comentários depreciativos a respeito do nome do meu bebé? E quando ele crescer, terei como consolá-lo quando ele chegar a casa a chorar, porque alguém lhe disse que tem um nome terrível? Não é algo que deva ser decidido de ânimo leve mas, muito por causa da lista do IRN, não acredito que os nomes próprios portugueses sejam assim tão traumatizantes, exceptuando, talvez, Castor...
Resumidamente, se eu gostar verdadeiramente de um nome que não é aceite pelos outros devido a considerações subjectivas (e olhem que gosto de muitos nomes que eu considero muito aceitáveis e que poucos gostam, como Eurica, Frederica, Guiomar, Lopo, Viriato e Teodoro), não o riscarei da minha lista se esse nome não for posto em causa como nome próprio, se não for ofensivo ou insultuoso e se, em plena consciência, eu achar que ele não porá em causa o bem-estar do meu filho.
Gostava de reiterar um pedido: se não vos causar um grande transtorno, tentem assinar os comentários, ajudava-me muito na altura das respostas! Até podem usar o Anónimo e acrescentar-lhe apenas um número...
O facto de eu não gostar de Benedito nada tem a ver com os "outros" poderem não gostar ou de uma criança poder ser apontada por ter um nome diferente. Sou mesmo EU que não gosto; e não gosto essencialmente porque possui uma conotação religiosa que é totalmente contrária à forma como vejo o mundo e a vida. Também sou sensível ao facto de uma criança poder ser gozada pelo nome que tem (embora neste caso não seja, como disse, a razão principal), mas com o gosto dos "outros" posso eu muito bem. Quem tem que gostar são o pai e a mãe.
ResponderEliminarSou da opinião que não existem nomes feios, existem nomes que eu gosto e nomes que eu não gosto. Entendo a "frustração", pois os nomes que mais admiro normalmente são raras as pessoas que gostam.
ResponderEliminarQuanto ao eventual gozo, acho que isso acaba por acontecer com todos os nomes...chamo-me Mariana, um nome muito comum (não tanto quando nasci). Sempre fui a única Mariana da escola, e na escola primaria era "carinhosamente" chamada de Iguana Banana. Mas sobrevivi, e adoro o meu nome!
Pois eu concordo em parte, mas já não sou assim tão determinada.
ResponderEliminarA maior parte dos nomes possíveis para um filho/a meu são nomes pouco comuns, no entanto há alguns que simplesmente não teria coragem, e admito que, devido ao receio da má aceitação das pessoas e posteriormente da criança!
Acho que Benedito é legítimo. Não está de todo nas minhas preferências, mas tenho a certeza que se houvesse um actor numa telenovela com esse nome, ou outra pessoa qualquer famosos, rica e bonita, que as pessoas mudavam logo de opinião. Não está no grupo de nomes que são considerados feios pela maioria "haja que famoso houver", por exemplo, Bernardino, Asclépio e Desidério. :)
ResponderEliminarO meu nome é Vera Lúcia e, hoje, considero-o bonito. Mas, há uns anos atrás, não gostava nada. Muito pelo que diziam sobre ele e os sorrisinhos que eram feitos - por parte das crianças que estudavam comigo - quando sabiam qual o segundo nome.
ResponderEliminarEu tive a capacidade de passar por cima disso e, mais tarde, independentemente do que diziam, comecei a gostar do meu nome. Será que todos têm essa capacidade?
Acho que é preciso pensar nessa parte também. Há pais que querem ser tão originais que acabam por "complicar".
Por exemplo, não poria um nome a um filho que suscitasse dúvidas relativamente à sua grafia.
Mas também sou uma das que não desgosta de Benedito!
Não. Não devemos importarmo-nos. Aliás eu acho que as pessoas só deviam revelar o nome do bebe quando ele nascesse, assim já não há cá "Tens a certeza?" "Não gosto muito..." e depois os pais tristemente sentem-se pressionados a mudar de nome...Assim é mais direto: "Este é o Benedito" e ninguém terá coragem de fazer qualquer tipo de comentário. Tudo é uma questão de habito, com este blog tenho reparado que as "minhas preferências" alteraram se e tornei-me mais flexível com certos"nomes raros", a maior parte das pessoas não gosta de nomes que não houve habitualmente.
ResponderEliminarEu, por exemplo, gosto de alguns nomes chamados "nomes de velho" e tenho plena consciência disso, mas há que ter coragem de ir busca-los, Leonor e Matilde até há bem pouco tempo eram considerados nomes de velha...e olhem onde estão agora.
Aqui no blog eu tento ser sincera no que cada nome me transmite, até porque acho interessante saber qual a reação sincera das pessoas a um nome. Mas isto para efeitos de pesquisa... Na vida real, quando tiver um filho, ai de quem tente opinar sobre o nome de forma negativa, serei curta e grossa. =)
Portanto a minha mamã fez muito bem, não foi? Apesar de ter sido criticada por meio Portugal... Ai, a hiipócrisya!
ResponderEliminarLembro que apenas mencionei Benedito porque foi no post a respeito desse nome que apareceu a sugestão de que escrevesse sobre este assunto;
ResponderEliminarLV, espero que essa não seja a leitura que fez do meu texto porque, caso contrário, tenho que rever a minha estratégia comunicativa. Caso restem dúvidas, poderá entender melhor o que penso a respeito de nomes como LV no post de quinta-feira passada, que pode consultar neste link:
http://nomesportugueses.blogspot.pt/2013/06/precisamos-ou-nao-de-uma-revolucao-nos.html
Acredito que todos os pais se interrogam como é que as pessoas irão reagir ao ouvirem o nome do seu bebé.
ResponderEliminarPor exemplo, quando surge na conversa hipóteses para um nome próprio (porque se sabe que há uma grávida) as sugestões não variam muito. Esse facto está relacionado com o nosso "grau de exposição" a determinados nomes.
Este é sem dúvida um dos motivos que estão na base da escolha de um nome. Outros poderão ser: tradição familiar, status, sonoridade, moda, significado, excentricidade,...
Acredito que se deva ter algum cuidado na escolha do nome para "não cair na tentação" de exagerar. Contudo, como me disse a minha mãe, quando lhe disse que gostava de Amadeu, "não há nomes feios". Já estão a ver que ela não gostou muito... Que afinal nunca será Amadeu porque se um dia tiver outro menino será José Dionísio (em homenagem aos avós, escolhido pelo pai e que a sogra é a primeira a torcer o nariz - não interpretem mal porque Dionísio é o nome do avô paterno). e eu já digo na brincadeira que quando ele for adolescente vai-me perguntar se não tinha nome melhor... Primeiro estranhei e agora já entranhei.
Pessoalmente, é uma lufada de ar fresco conhecer uma jovem "Ada", um jovem "Amadeu", "Euríalo", "Alcino", "Joaquim".
Não o seu texto em concreto mas estas opiniões em geral.
ResponderEliminarUm nome próprio é um nome próprio. Um nome de um animal é um nome de um animal. Um insulto é um insulto. Quanto a estes dois últimos estamos de acordo.
Mas toda gente já criticou um nome próprio.
E todos nós já vimos nomes próprios ridículos e de certo concordamos que os pais que escolheram esses nomes próprios ridículos deviam ter pensado melhor.
Por isso para mim é contraditório. Essa ideia de c**** para o que os outros pensam, é muito bonito na teoria, nos nomes e em tudo na vida mas sabemos que na prática nunca é bem assim! O ser humano é por si só critico e consequentemente influenciável e preocupado com o que os outros pensam, uns mais, outros menos!
Bernardino, Asclépio e Desidério para mim são iguais a Benedito! N sei qual a diferença q vê?? Os 4 têm terminações super incomuns daquilo que se considera mais "normal", pra mim não é por ser feminino de benedita que Benedito é mais aceitável. São pontos de vista... Eu já considero Benedito dentro do género desses e de Hipólito.
ResponderEliminarQuanto ao tema... estou de acordo...Mas pra tudo ha limites! Nos nomes não é excepção mesmo na lista de admitidos ha uns que podem ser muito maus...
Reconhece todos os nomes admitidos na lista do IRN como "nomes próprios"? Há lá muitos que eu só passei a conhecer depois de os pesquisar, portanto para mim isso não é assim tão linear, daí que esse seja um dos meus critérios.
ResponderEliminarE é claro que há muitos nomes que eu não aprecio e que não usaria, mas não é isso que está em causa. O que se pergunta é se deixaríamos de usar um nome de que gostamos - e sublinho "de que gostamos" - apenas porque não agrada aos outros e eu volto a afirmar que sim :)
Maggie, já eu acho que Benedito está muito, muito distante de Desidério, Asclépio e Hipólito, muito mesmo! :)
ResponderEliminarEu acho que em primeiro lugar o nome deve agradar aos pais. Claro que se tem de consideração a criança isso nem se questiona. Claro que toda a gente vai comentar seja qual for o nome por mil razões diferentes. Mas não se pôr o nome que se gosta simplesmente porque não é lá muito comum não me faz muito sentido.
ResponderEliminarNo entanto, na lista dos nomes aprovados há vocábulos muito esquisitos que desafiam um bocado o bom senso quando ao quesito de usáveis lá isso é verdade. Eu acho que vão sempre haver nomes "feios" porque gostar de um nome é uma questão tão pessoal, é algo tão difícil de explicar que haverá sempre certamente divergência de opiniões.
Cada um de nós lida com o seu nome à sua maneira. E há pessoas que até preferem ter um nome invulgar.
Eu não gosto de Joaquim. Mta gente acha que é um nome normal, comum, etc...Eu acho que é um nome feio tenho um implicância especial com ele. Se alguém me dissesse que ia ter um filho Joaquim pensaria para mim própria que há nomes muito mais bonitos. Mas é o filho dessa pessoa não é o meu e é ela que tem de gostar. E quem diz Joaquim, diz Benedito ou qualquer outro nome.
Eu acho que não há exactamente nomes feios há nomes que cada um de nós considera feios. Simplesmente uns que geram mais consenso que outros.
@Lyonce Viiktórya
ResponderEliminarVou tentar explicar o que quis dizer... Há nomes e nomes, o que quis dizer é que é muito fácil uma pessoa não gostar de um nome, basta ser um pouco diferente, ou simplesmente não lhe soar bem, ou estar fora dos mais populares. Por exemplo eu não gosto nada do nome Constança, mas se alguém do meu circulo de amigos escolher esse nome, eu vou respeitar e vou me abster de opinar, porque o filho é deles, eles é que têm de achar bonito. Entre os meus nomes preferidos estão Emília, Artur,e provavelmente se escolhesse algum destes nomes e o revelasse antes do nascimento, iria ter de levar com muitos comentários negativos em relação aos nomes, porque não são nomes populares e são considerados nomes de velhos.
Se os pais gostam muito do nome Olívia acho que não o deviam excluir apenas pelo receio de ser chamada "Olívia Palito", porque a Joana também é a "Joana Banana". Acho que muita gente tem medo de escolher um nome que esteja fora do top 20. Agora como em tudo é preciso bom senso, e também ,Lyonce Viiktórya não consta dos nomes admitidos em Portugal.
Acho que até a um certo ponto sim, devemos-nos importar. A criança - futuro adulto - vai ter de suportar o nome toda a vida, por isso é bom que a sociedade não o odeie nem que tenha grandes estereótipos associados.
ResponderEliminarNão me refiro a nomes como Benedito - que, pessoalmente, não gosto - ou Aurora (que adoro!): a esses, algumas pessoas torcem o nariz mas habituam-se rapidamente (tenho a certeza que ao fim de dois dias tanto me faria chamar Benedito ou João). Mas nunca chamaria ao meu filho Abdénago, Emo ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Emo ), Urraca ou outro nome admitido desse género, porque creio que traria problemas à criança.
Óbvio que a opinião das outras pessoas nos condiciona, e claro que toda a gente tem uma lista de nomes que acha feios, antiquados, ridículos até.
ResponderEliminarA questão colocada neste post é exatamente essa. Mesmo sabendo que as reações não serão as melhores, não mudar só porque ninguém ou quase ninguém gosta...
Acredito piamente que nesta como noutras questões da vida as nossas preferências estão condicionadas pelas tendências. Tanto é que o que agora é fashion amanhã é demodé.
Concluindo, ainda bem que alguns de nós colaboram por forma a garantir que certos vocábulos da língua portuguesa não se percam.
Benedi(c)to vi há uns tempos que era um dos nomes mais dados no Brasil há um século. As modas são cíclicas...
ResponderEliminarEu acho que tem todo um potencial totalidade diferente de Asclépio, Agamémnon, Calipso, Desidério! Não há comparação.
Até percebo que Desidério a Asclépio causam desconforto à criança, mas Benedito? Se não se arriscar nestes clássicos que hoje muitos reviram os olhos, só teremos Tomáses, Joões e Martins (que en-jo-o!). Tbm falaram de Afonso... É o exemplo perfeito. Um bebé Afonso em 1990? Jamais! Uma Benedita em 1995? Jamais! ahahah
Sou de 1992 e nunca tive um coleguinha Afonso, Tomás, Martim, ... Era mais o João, o Miguel, o Tiago, o Pedro e o Diogo.
Eu gosto muito de Teodoro e Serafina, mas não era capaz. São dois nomes que gosto, mas risco-os para um filho. Mas claro que tenho outros que gosto de igual modo, como Aurora e Esmeralda, e que usaria sem problemas.
ResponderEliminarAliás desde que leio este blog que cada vez descubro mais nomes que me deixam "in love" e sinto muito dizer, mas a maioria deles não tenho coragem de os usar!! Admito.
Quanto aos nomes antigos puderem virar grandes sucessos, como Matilde e Leonor...Penso que nem todos têm essa capacidade... É preciso que reúnam certos critérios...
Eu tenho uma ideia e acho que os próximos nomes da moda vão ser os modernos e os antigos vão perder terreno: Eva, Lia, Ema, Íris, Clarisse, Samuel, Isaac.
Mas se eu estiver enganada e os antigos continuarem em alta, acho que os "seguintes" vão ser o Valentim, Valentina, Benjamim, Irina, Isabel(a), Amélia... Tudo que ande muito longe disto, não acredito muito.
Já fugi um bocadinho ao tema ;)
Bem, eu parti do principio que era para responder à pergunta :DEVEMOS importar-nos com o que os outros pensam? E não se nos importamos...
ResponderEliminarObviamente que todos nós nos importamos com a opinião alheia por isso é que sugeri o não revelar o nome antes do nascimento, com o objectivo de não sofrermos qualquer tipo de influencia que nos faça mudar de ideias.
Esta minha opiniao deve-se ao facto de conheçer várias pessoas que resolveram mudar à ultima, o nome escolhido,devido à pressão de amigos e familiares, que não gostavam do nome.
Para mim basta eu questionar-me a mim própria qual a probabilidade da criança (que se tornará num adulto), mudar de nome quando tiver 18 anos. A probabilidade de querer mudar se se chamasse apenas Urraca, Abdénago, Cesaltina era grande.
Isto tudo é muito relativo. O que é um nome normal e aceitável para mim, para outra pessoa pode não ser e vice versa.
Se eu gosto de um nome e acho que é subestimado por razões que não considero importantes prefiro não arriscar a sofrer influencias. Mas dentro dos meus nomes preferidos acredito que não haja um nome que poderá ser considerado ridiculo.
Talvez por isso pense desta forma.
@Mary
Normalmente os critérios são: Sucesso de personagens de novela, ou filhos de famosos ;)
Não! Não nos devemos importar com o que os outros pensam em relação aos nomes dos nossos filhos.
ResponderEliminarEu e o meu marido nunca nos importámos. Fizemos a asneirada de dizer o nome da nossa 1º filha quando ainda estava grávida e foi o resto da gravidez toda com bocas parvas sobre o nome Constança.
Na segunda gravidez não dissemos o nome nem o sexo da Aurora, só souberam já ela tinha nascido e isso poupo-nos muitas dores de cabeça.
Agora estou grávida do Vicente que nasce em Novembro e voltámos a fazer o mesmo. Não digo o nome a ninguém porque já sei o que me espera e nunca mudaria o nome por causa de ninguém.
Olá!!
ResponderEliminarEstou devorando seu blog desde o começo mas todo dia venho dar uma espiada pra ver se tem algo novo por aqui!
Então, eu não gosto de Benedito. Já me importei muito com o que as pessoas gostavam ou deixavam de gostar, agora não mais.
Antes odiava Bento, agora acho bonito. Questão de costume mesmo.
Estamos pensando num próximo filho e adoro o nome Vicente (caso seja menino, óbvio) e me apaixonei por Aurora (só soube desse nome há pouco tempo através de um blog. São nomes não muito usados por aqui e sei que vão causar estranheza, por isso que nem falarei pra ninguém pois sei que vou ouvir comentários negativos. O que não me acrescenta, falta não me faz.
Enfim, tudo é subjetivo e devemos NOS agradar e não aos outros. rs
Beijos!
Também acho que gostar ou não de um nome é uma questão subjetiva, além de que, como já falaram, os nomes em voga mudam de uma época para outra... Acho meu nome bonito, mas é muito comum (sempre havia umas 4 Carolina(e)s na minha sala. Procuro um nome mais "único" para um filho. Mas nada que, em minha opinião, pudesse causar-lhe constragimento. Estou com a Anna sobre isso.
ResponderEliminarEu gosto de Benedito apenas por ser diferente, mas estou grávida de um menino e não era capaz de escolher esse nome para ele!
ResponderEliminarContudo, por me chamar Ana e nos anos 80 ter passado pelo "síndrome da vulgaridade" desse nome, gosto de nomes incomuns, diferentes, e daí me ter apaixonado por este blog!
Já agora, uma sugestão: dicas para chegar a consensos entre uma mãe apreciadora de nomes pouco comuns e um pai apreciador de nomes tradicionais portugueses? :)
Ana Sofia,
ResponderEliminara sugestão que posso deixar - e que futuramente poderei ter de seguir - é que usem um nome composto, recorrendo a um tradicional, acompanhado de um nome mais ousado! :)
Eu também sou da opinião de que os nomes são as pessoas e o hábito que os fazem.
ResponderEliminarPessoalmente estou cansada de lauras, laras, afonsos, bernardos, rodrigos...e antes achava alguns destes nomes bastante bonitos.
Eu acho Mafalda um nome horrivel...e mafalda está cada vez mais popular (pelo menos à minha volta)
São opiniões. Serão sempre.E vai haver sempre quem julgue!
Até hoje ainda não tinha ouvido comentários positivos sobre o nome Amadeu, pelo qual me apaixonei no dia em que soube o nome do avô do meu marido, e agora ao ler os comentários, encontrei o da Sara que gosta, mas recebeu a mesma reacção que eu tenho recebido. E isso foi suficiente para mim!
Obrigada Sara, renovou-me a alegria de gostar deste nome.
Pessoalmente não adoro Benedito, mas também não detesto. Acho que me habituaria facilmente à sua sonoridade!:D
***=)
Acho que fiz mal em mencionar Benedito, porque direccionou um pouco a atenção para esse nome quando, na verdade, as reacções podem ser muito negativas face a nomes bem mais modernos. Ainda há uns tempos escrevi sobre Carlota e a maioria das opiniões era negativa, mas basta ver pelo número de registos que há muito quem não se importe com isso!
ResponderEliminarÉ normal querermos aceitação nas nossas escolhas e incomoda-nos as críticas. E concordo com o que foi dito acima, se não queremos comentários o melhor é não pedir palpites, pois toda a gente tem o seu gosto e as suas ideias do que é "bonito", "fino", "elegante". Mas acho que deve ser o bom senso de cada um a regular essa escolha. Se todos temos bom senso? Não! Claro, mas haja diversidade :)
ResponderEliminarO critério "nome de velho" já deu o que tinha a dar, pois Martim é nome de velho e hoje tornou-se em nome de bebé. O que hoje é antiquado, daqui a 10 ou 20 anos volta à moda. Em relação ao exemplo, acho que Bento terá mais hipótese de aceitação por ser mais curto que Benedito.
Eu sofro muito com meu nome :( as vezes perco até a vontade de viver
ResponderEliminarsinceramente... acho que devemos importar-nos q.b.
ResponderEliminaristo é, se gostamos mesmo muito de um nome, não é por a vizinha do 5ºC dizer que acha feio que vamos mudar de ideias. mas há que ter em conta se o nome será um dia motivo de gozo na escola, se daqui a uns anos a criança irá detestá-lo porque é muito banal ou muito esquisito ou porque tem de estar sempre a soletrá-lo pois ninguém o percebe.
quando anunciámos o nome que queríamos dar à nossa filha, toda a gente gostou menos a minha sogra e não me ralei nada. no entanto, como não gostávamos dos diminutivos a que o nome se presta a única coisa que tivemos a preocupação foi falar com a família (e depois com a creche, porque percebemos que havia muito a tendência de pôr diminutivos) para não o fazerem. não sou contra diminutivos per se, apenas não gosto dos diminutivos formados a partir deste nome em concreto.
Você não se importar é uma coisa; agora, se o seu filho vai se importar, já é outra. Meu pai foi exatamente assim: deu-me o nome Benedito, dizendo que não se importava com o que os outros pensam. Mas eu me importo. Odeio esse nome. Na época da escola, já cheguei até a levar uma surra porque um dia, cansado de ouvir as contínuas piadas, eu respondi, e o povo que tirava sarro veio me bater. Hoje, mesmo depois de adulto, as pessoas sempre fazem alguma brincadeirinha, perguntam se esse é meu nome mesmo, dão risada etc. É melhor pensar no bem do filho do que na vontade de ser diferente. Hoje até meu pai se arrepende de ter me dado esse nome, vendo o cansaço que essa porcaria me dá. Nome serve para identificar a pessoa, não para castigá-la por causa da vontade de ser diferente. Eu me sinto como se estivesse com uma roupa de palhaço e não a pudesse tirar do meu corpo. É um inferno.
ResponderEliminarAdoro Benedito, Guiomar, Lopo, Frederica e Teodoro! Amo nomes históricos e cheios de personalidade. Não me interessa se acham que é “nome de velho” ou “démodé”, muito sinceramente. Pessoas com mau gosto é que mais existe neste mundo.
ResponderEliminarA minha filha chama-se Maria Antónia e ninguém na minha família ou na do meu marido torceu o nariz ao nome, todos acharam uma escolha elegante. Contudo, alguns amigos é que vieram com essa de “ai, que nome pesado para uma criança!” ou “isso é nome de velha!”
Os nomes com mais história têm a vantagem de terem passado o teste do tempo. Não interessa se as pessoas gostam ou não, são eternos clássicos e estão enraizados na nossa cultura. Disto isto, torço mais o nariz a um Wilson ou um Nelson do que a um Teófilo ou Antero. Mas estes nomes estrangeirados são mais do que comuns, apesar de não terem raízes na nossa história. Acho mal e acho ridículo pessoas com nomes belíssimos e tradicionais serem gozadas, especialmente por pessoas que têm nomes escolhidos por estarem na novela da noite. E sim acho ridículo escolher nomes por estarem numa novela ou por causa de jogadores de futebol.
Também existem pessoas que têm mais complexos com o próprio nome do que os outros. Por exemplo, na minha altura de escola conheci uma Estefânia que insistia que lhe chamassem “Stef” porque odiava o nome que tinha, apesar de ninguém gozar com o nome dela. Acho que também depende do meio onde a criança se movimenta.
Decidi visitar e comentar este Blog, apesar de saber que todos os comentários já têm bastantes anos.
ResponderEliminarNeste momento passo precisamente pelo dilema de "Devemo-nos importar com o que os outros pensam do nome dos nossos filhos?", não com qualquer um (sou pouco permeável a criticas do comum popular), mas sim dos meus pais (os avós do meu filho, que está para nascer).
O nome que a minha esposa e eu escolhemos para o nosso filho é Félix, pelo significado que o nome tem para nós, mais do que propriamente a estética do nome.
O comum popular não elogia nem critica, contudo os meus pais têm feito constantes piadas maldosas e hostis de forma a dissuadir e provocar a mudança do nome.
Os meus sogros (naturais da Ucrânia) gostaram do nome, a sonoridade também é diferente para eles assim como é para os portugueses e o nome é pouco habitual para eles como é para os Portugueses. A verdade é que este nome, apesar de ser de origem muito antiga, Latina e Ibérica, é incomum e a estranheza vem do incomum. Portanto, aqui não é uma questão de feio ou bonito, é um caso de estranheza pelo desuso do nome ou do seu reconhecimento apenas como apelido e não tanto como nome próprio.
O que concluo é que dizer o nome da criança às pessoas, sabendo o quão incomum é o nome, tem consequências, quer queiramos ou não, e que apesar de não nos devermos importar com o que o outros pensam há sempre impacto e cria-se sempre mau estar quando as pessoas sentem que devem expressar opiniões sem lhes ser pedido, especialmente quando o fazem com maldade ou decorrência da própria falta de caráter. As pessoas podem não gostar, não devem contudo dizer o que quer que seja, a não ser que se peça opinião.
Portanto, a resposta à questão "Devemo-nos importar?" é a mesma para a questão "Devemos deliberadamente opinar?", sendo esta "Não!".
A visão que me tranquiliza no meio disto tudo é que uma pessoas crescendo de criança para adulto, será melhor ou pior tratada consoante a sua postura e caráter e não o seu nome.