A propósito do post anterior, o que pensam a propósito da atribuição do nome do pai ou da mãe aos filhos? OK ou KO? Aproveitando o momento, vejamos também o caso de Júnior.
O uso de Júnior
O nome Júnior passou a integrar a lista dos nomes admitidos pelo IRN em 2011, mas apenas pode ser usado como segundo nome, "desde que o primeiro nome seja o mesmo no pai e no filho". A propósito deste nome, há um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça mesmo muito interessante, sobretudo ao nível dos argumentos do Recorrente. Mas deixo-vos com um trecho dos Juízes Conselheiros:
O uso de Júnior
O nome Júnior passou a integrar a lista dos nomes admitidos pelo IRN em 2011, mas apenas pode ser usado como segundo nome, "desde que o primeiro nome seja o mesmo no pai e no filho". A propósito deste nome, há um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça mesmo muito interessante, sobretudo ao nível dos argumentos do Recorrente. Mas deixo-vos com um trecho dos Juízes Conselheiros:
"Como vimos atrás, os nomes próprios deverão, além de
serem portugueses, constar "da onomástica nacional" ou estar
"adaptados, gráfica e foneticamente, à língua portuguesa".
Isto significa que para os nomes próprios portugueses se abrem duas hipóteses: Ou constam da onomástica nacional ou estão adaptados, gráfica e foneticamente, à língua portuguesa".
Ora o vocábulo "Júnior" é de origem latina, raiz da nossa língua e foi adoptado pela língua portuguesa, directamente e sem alterações de redacção ou de sentido, pelo que satisfaz aquela segunda possibilidade legal; Ou seja, satisfaz os requisitos da al. a) do n. 2 do art. 103 do Cód. Reg. Civil, já que, em segundo nome próprio e associado ao primeiro nome próprio "Mário" não deixa qualquer dúvida sobre o sexo do registando.
Poderia ainda acrescentar-se que a onomástica, como elemento importante de uma língua viva, está também em constante evolução e vai sendo recriada a todo o tempo, devendo haver uma certa margem de liberdade aos cidadãos, que lhe permita evoluir (12).
Além disso, em última anotação e como aponta o Recorrente, o vocábulo "Júnior" não é um termo aberrante, desgarrado, caricatural ou ofensivo da susceptibilidade geral do povo português, nem indigno ou aviltante para a pessoa que o use, pelo que se entende que ele, usado como segundo nome e associado ao vocábulo "Mário", pode integrar o nome próprio do filho do Recorrente".
Isto significa que para os nomes próprios portugueses se abrem duas hipóteses: Ou constam da onomástica nacional ou estão adaptados, gráfica e foneticamente, à língua portuguesa".
Ora o vocábulo "Júnior" é de origem latina, raiz da nossa língua e foi adoptado pela língua portuguesa, directamente e sem alterações de redacção ou de sentido, pelo que satisfaz aquela segunda possibilidade legal; Ou seja, satisfaz os requisitos da al. a) do n. 2 do art. 103 do Cód. Reg. Civil, já que, em segundo nome próprio e associado ao primeiro nome próprio "Mário" não deixa qualquer dúvida sobre o sexo do registando.
Poderia ainda acrescentar-se que a onomástica, como elemento importante de uma língua viva, está também em constante evolução e vai sendo recriada a todo o tempo, devendo haver uma certa margem de liberdade aos cidadãos, que lhe permita evoluir (12).
Além disso, em última anotação e como aponta o Recorrente, o vocábulo "Júnior" não é um termo aberrante, desgarrado, caricatural ou ofensivo da susceptibilidade geral do povo português, nem indigno ou aviltante para a pessoa que o use, pelo que se entende que ele, usado como segundo nome e associado ao vocábulo "Mário", pode integrar o nome próprio do filho do Recorrente".
Eu não poria, mas consigo perceber que muitas pessoas gostem de dar os seus nomes aos filhos, bem como os dos avós. Acho uma homenagem bonita e não tenho nada contra, mas se há tantos nomes giros, porquê colocar sempre os mesmos de geração em geração?
ResponderEliminarO meu marido, por exemplo, tem o mesmo nome do pai e do avô. Eu não gosto nem desgosto do nome, mas faz-me alguma confusão pensar que um filho poderia ter o mesmo nome (assim chamava um e apareciam todos!)Além disso, há nomes bem mais bonitos!
Também acho que depende muito do nome do pai/mãe... Se eu me chamasse Secundina Terebentina acho que não ia chamar o mesmo nome a uma filha...
Moral da história, à partida os nossos nomes não serão escolha para o dos nossos filhos porque gostamos mais de outros!
Gosto quando se usam os nomes de *ambos* os pais - conheço N casos assim, o rapaz com o nome da mãe e a rapariga com o nome do pai.
ResponderEliminarUsar só o nome do pai parece-me um bocadinho sexista... principalmente porque o apelido "principal" normalmente já é o paterno.
* Correcção: o rapaz com o nome do pai e a rapariga com o nome da mãe.
ResponderEliminarEste tema é-me querido, pois cá em casa há um menino que é o quinto Jaime de seguida na família (antes dele o pai, o avô, o bisavô e o trisavô todos tinham o mesmo nome). Eu acho uma homenagem bonita, acima de tudo porque gosto do nome e, na minha família, há Alexandres desde o meu avô (logo, até acho piada às homenagens, já que cresci assim). Claro que só assenti porque gosto muito do nome Jaime, acho que se não gostasse oferecia, no mínimo, alguma resistência, mas nunca achei que um filho nosso pudesse ter outro nome. Tenho a acrescentar que a reacção da minha parte da família não foi a melhor, por uma questão de «territorialismo» e alguns amigos acharam o nome muito «antiquado». Nós não nos importámos, estava escolhido desde os tempos de namoro.
ResponderEliminarEm relação ao post da Rita, tenho a dizer que o sonho do meu marido era que tivéssemos uma Joana (que é o meu nome), mas eu sou totalmente contra pelo simples motivo de não gostar do meu nome (ou melhor, não é não gostar, é não amar). Assim, nisso, não cedo.
Por acaso conheço um casal, Margarida e Daniel que na primeira gravidez decidiram que se fosse menina era Margarida e se fosse menino era Daniel. Na segunda gravidez como foi outro rapaz tiveram um grande problema a escolher o nome, pois não chegavam a um consenso.
ResponderEliminarJá agora concordo com a Rita, no meu pensamento também vejo a tradição do nome do pai um pouco sexista. Normalmente a tradição do nome da mãe não é tão comum, mas lá está também depende do nome.
Mas já agora, li um livro "Viagem ao coração dos pássaros" do Possidónio (nome bonito!!) Cachapa que numa parte diz que a tradição é ao primeiro filho homem pôr o nome do pai, à primeira filha mulher pôr o nome da avó materna... Este livro é engraçado porque dá uma grande importância à escolha do nome da personagem principal...
Só não gosto de Júnior no final.. Se colocar Filho, Segundo, ainda tolero.. mas Júnior é triste.
ResponderEliminarKO.
ResponderEliminarPor aqui, o marido tem o nome do pai e do avô, mas quebrou-se a tradição.
Ele embirra mas temos pena, não são homenagens, são tradições machistas sem importância nenhuma.
Eu gosto de tradições, acho que enriquecem os laços familiares e respeito quem as quer manter.
ResponderEliminarA passagem de um nome para o primeiro filho faz-me lembrar o morgadio, algo com que discordo em absoluto, especialmente porque parece que se cria ali uma ligação privilegiada pela ordem de nascença. O irmão mais velho do meu namorado tem o nome do pai. A irmã tem o nome da mãe. Ele tem um nome inspirado num piloto de F1. Não sei se me faço entender :D
Gosto muito da ideia de homenagem na escolha de um nome, mas dar o meu próprio nome a uma filha parecer-me-ia uma "auto-homenagem"! Se eu tivesse dois nomes e nunca usasse um deles, acho que até seria capaz de o atribuir à minha filha, mas de outra forma não gostaria da partilha.
Filipa concordo em absoluto com o comentário. Outra coisa que me faz confusão, quando se tem dois filhos e é o segundo que tem o nome do pai. Conheço um casal assim. Aliás o meu pai é o irmão do meio e é ele que tem o nome do pai e o nome dos outros irmãos não tem qualquer relação familiar...
ResponderEliminarEu acho querido =) Se o meu bebé for uma menina, terá o meu nome, que é também o da minha mãe e um dos meus preferidos. Será conjugado com outro, sim, mas terá o meu. Se for um menino, quero colocar o nome do meu avô, pois parece-me uma maneira linda de homenagear alguém que partiu cedo demais da minha vida =)
ResponderEliminarKO.
ResponderEliminarCom tantos nomes existentes, porquê copiar o dos pais?
O que eu odeio mesmo, quando põem o nome da mãe ou do pai e acrescentam Júnior. Como o Cristiano Ronaldo fez.
Há casais que, se os nome tivere masculino/feminino, põem o masculino do nome da mãe e o feminino do nome do pai.
Exemplo: O nome da mãe é Joana e o nome do pai é Rafael. O filho chamar-se-á João e a filha chamar-se-á Rafaela.
Pra mim KO... com tanto nome bonito...
ResponderEliminarConheço casos de Meninos com o nome dos Pais e Meninas com o nome das Mães...
Não acho piada e só aceitaria se o meu marido fizesse muita muita questão!... Acho que é tirar personalidade à criança...
Além disso não gosto do meu nome assim tanto para o passar a uma filha nem do do meu marido... :/
Não gosto...mas pk acho k gera mta confusão. Na família do meu marido o avô materno era Francisco, um tio chama-se Francisco, um dos meus cunhados é Francisco e por fim o sobrinho mais velho the same...É uma grande confusão p saber qual Francisco estão a chamar. Por outro lado, percebo que seja uma homenagem e nesse aspecto até acho alguma graça, mas ñ faria isso a um filho meu.
ResponderEliminarEu percebo o aspecto da tradição familiar e tudo isso, mas também não acho muita piada. Lembro-me sempre do José Mourinho e da mulher (Matilde acho) e dos filhos com os nomes dos pais, acho que é demasiada confusão. Além do exemplo que a Filipa referiu, um vai buscar ao pai, a outra à mãe e o outro.. Que se dane!
ResponderEliminarMas respeito e entendo que também não acho muita piada a isso por nunca ter sido tradição na minha família..
Compreendo e valorizo as tradições de família. Na nossa sociedade são um pouco mais comuns no masculino, pelo menos, consigo lembrar-me de mais situações de nomes repetidos na família em relação a nomes masculinos. No meu caso concreto que gosto tanto de nomes prefiro um nome "novo em folha", pelo menos na minha família. Eu tenho um nome que saiu da imaginação da minha mãe, a minha irmã tem o nome que a minha mãe pensou desde adolescente para a primeira filha (que é). Por isso, para mim está fora de questão repetir algum nome de família.
ResponderEliminarAcho uma pura falta de criatividade!
ResponderEliminarNa minha família há um nome masculino que se usa ao longo de muitas gerações. Não quer dizer que todos o tenham, mas é bastante frequente. E achei natural pô-lo ao meu filho mais novo. Não é o nome do pai mas é o dos dois avôs. Claro que pusemos o nome em primeiro lugar porque gostamos dele. Faz-me mais confusão pôr o nome do pai ou da mãe ou o nome de um familiar só. Ou seja, se houver apenas uma pessoa com esse nome, a criança será muito comparada com essa pessoa. Mas se houver muitas, esse efeito desvanece-se. O nome q escolhi é bonito e intemporal e não estou nada arrependida. Os meus outros filhos têm nomes totalmente originais na família. E todos convivemos muito bem com estas escolhas.
ResponderEliminarSó no caso de se gostar mesmo muito do nome que tem para se por num filho. Não gosto e na minha opinião é ridículo, mas respeito, obviamente. Especialmente, depois chamam pelo segundo nome da criança (quando existe, claro), para isso colocar-se-ia esse tal segundo nome para primeiro, e o primeiro poderiam, se o nome de algum progenitor for intensamente do agrado do mesmo, usá-lo para segundo nome! ;) Mas, sinceramente, nunca seria capaz de o fazer, apesar de gostar bastante do meu nome, mas para além disso, também já é muito usado!
ResponderEliminareu sou meio vítima dessas 'homenagens', se bem que no meu caso não foi homenagem ahah
ResponderEliminara minha mãe é que escolheu o meu nome (Sara). Aliás, ela já queria uma Sara desde que andava na escola (eu acho super piada a isso haha)e quando soube que era menina disse logo que ia ser Sara e o meu pai não discordou, mas como a minha mãe chama-se Isabel Alexandra ele quis que eu fosse Alexandra também... eu não desgosto, mas aqui na minha cidade é muito vulgar como segundo nome.
e quando nasceu o meu irmão, voltaram a fazer a mesma coisa, mas ficou Gil Alexandre ahah
Pai e filho / mãe e filha com o mesmo nome, considero KO... avô e neto / avó e neta, acho que é OK :)
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