Bárbara

Bárbara, que significa "estrangeira", é um nome muito internacional, com tradição em Portugal. O seu uso remete-nos, inclusivamente, para as infantas portuguesas, já que a filha de D. João V se chamava Maria Madalena Bárbara Xavier Leonor Teresa Antónia Josefa mas era tratada por Bárbara ou Maria Bárbara, por ter nascido no dia 4 de Dezembro, dia de Santa Bárbara, conhecida como aquela que nos protege dos relâmpagos e tempestades (tal como vimos aqui).

Olhando para os dados do SPIE, percebemos que até 1980 nunca foi um nome extremamente popular, mas entre 1975 e 1978 ultrapassou a fasquia dos cem registos.

Em 2012, quando escrevi originalmente este post, não estava certa da popularidade do nome ao longo da década de 90, porque ainda não possuía estatísticas oficiais. Porém, em 2017, já posso olhar para os dados e perceber que, de 1990 para 1991, Bárbara subiu bastante no ranking, passando da 55.ª posição para a 28.ª, duplicando o número de registos, que em 1991 foram 540. Nos anos seguintes, estabilizaria em torno do top 30, até que Bárbara Guimarães começou a apresentar o programa Chuva de Estrelas. Entre 1998 e 2000, o nome entrou no top 20, ultrapassando os 800 registos anuais! Desde então, tem vindo a ser cada vez menos usado e em 2016 ocupava a 53.ª posição, tendo sido escolhido para 158 meninas.
Menos sucesso tem Bárbora, que também consta da lista de aprovados, mas que não foi alvo de registos desde 2011.

No nosso país, a associação não será tão imediata, mas Barbie é um diminutivo de Bárbara. Barbie, a boneca, "chama-se" Barbara Millicent, nome inspirado na filha da sua criadora, que também era mãe de Kenneth. Nos EUA, o nome  chegou a ser n.º 2 do ranking, entre 1937 e 1944, mas hoje é visto como demodé e está apenas em 764.º lugar.