Nunca imaginei que o nome Santiago se tornasse tão popular em Portugal. Nunca. Quando o comecei a ouvir aqui e acolá, pensei que poderia ser tendência - próximo do popularíssimo Tiago, comprido, pouco comum como nome próprio mas muito identificável. Contudo, jamais ousei pensar que chegasse ao top 15, por se tratar de um nome tão religioso. Sim, Lucas e Mateus também são nomes que associo à religião mas, caramba, Santiago tem lá San. Que vem de Santo. E chamar Santo a um filho, no século XXI, não seria muito expectável. Ora, este é que foi o meu erro, porque acho que nem toda a gente faz esta associação. E a verdade é que Santiago não só é uma das grandes tendências do momento, como também teve mais 169 registos que em 2011 - nenhum outro nome masculino subiu tanto e é de esperar que continue a subir.
Por tudo isto, fiquei um pouquinho espantada com as reacções negativas à recente aprovação de Santa Rita. Não é bem a mesma coisa, mas não anda assim tão longe, ou anda?
Uma coisa levou à outra e fiquei a pensar na possibilidade de Santiago projectar nas meninas o nome Santana (que não teve nenhum registo em 2012). Santana é uma aglutinação de Santa Ana [também aprovado em Portugal mas apenas como segundo elemento do nome]. Recuando ao primeiro parágrafo, posso reproduzir quase na íntegra o que escrevi para Santiago: próximo do popularíssimo Ana, comprido, pouco comum como nome próprio mas muito identificável e... muito ao estilo da grande tendência atual nos nomes masculinos. E se a ligação religiosa não impediu Santiago de se popularizar, também não deverá causar prejuízo a Santana.
Se nada disto resultar, e se chamar Santo ao petiz não é problema, deixem-me lembrar que esse é precisamente o significado dos giríssimos Sancho e Sancha. Por falar nisso, já vos disse que acho que estes serão os nomes da moda na época dos meus futuros netos? :)