Nomes masculinos pouco registados em Portugal em 2018

em 29/01/19


Continuamos a olhar para a lista de nomes registados em Portugal em 2018, debruçando-nos agora sobre os nomes que ficaram imediatamente após os cem mais escolhidos. Para elaborar esta lista, agrupei as grafias e pronúncias muito semelhantes, sempre que tinha a certeza de que estava na presença de variantes do mesmo nome, apresentando-vos a mais registada. Vamos lá então:   


Nome Registos
Ismael 33
Romeu 33
Ryan 33
Marcelo 32
Moisés 32
Denis 31
Josué 31
Marcos 31
Nicolas 31
Jason 30
Leo 30
Oliver 30
Alex 29
Igor 29
Wesley 28
Aaron 27
Elias 27
Heitor 27
Kenzo 27
Sandro 27
Nelson 26
Adam 25
Gael 25
Dário 24
Giovanni 24
Júnior 24
Márcio 24
Patrick 23
Kendrick 22
Lisandro 22
22
Alexander 21
Ezequiel 21
Kelvin 21
Wilson 21
Cauã 20
Dani 20
Danilo 20
Mauro 20
Ari 19
Augusto 19
Ian 19
Martinho 19
Helder 18
Telmo 18
Adriel 17
Caetano 16
Joshua 16
Kylian 16
Levi 16
Caleb 15
Derick 15
Kael 15
Armando 14
Estêvão 14
Fausto 14
Jayden 14
Jesus 14
Júlio 14
Leonel 14
Mark 14
Mickael 14
Alessandro 13
Cláudio 13
Domingos 13
Ethan 13
James 13
Maxim 13
Nathan 13
Nicolau 13
Thomas 13
Abel 12
Anthony 12
Apolo 12
Edson 12
Isaías 12
Israel 12
Nataniel 12
Pietro 12
Stefan 12
Aayan 11
Adriano 11
Aiden 11
Dominic 11
Mamadu 11
Michael 11
Mohammad 11
Samir 11
Valter 11
Alberto 10
Bento 10
Damian 10
Eddy 10
Félix 10
Flávio 10
Joabe 10
Jonatas 10
Jordan 10
Murilo 10
Oscar 10
Alan 9
Angel 9
Juan 9
Kiamy 9
Misael 9
Omar 9
Robert 9
Uriel 9
Yago 9
Yohan 9
Zayn 9
Zion 9
Alexandru 8
Amir 8
Andrei 8
Aryan 8
Celso 8
Denzel 8
George 8
Gerson 8
Haniel 8
Henry 8
John 8
Mael 8
Max 8
Noé 8
Roberto 8
Rogério 8
Sebastian 8
Teodoro 8
Valentino 8
Yannis 8
Zidane 8
Adonai 7
Alejandro 7
Alonso 7
Anderson 7
Anselmo 7
Baltazar 7
Bogdan 7
Eliseu 7
Evan 7
Gui 7
Humberto 7
Jeremias 7
Jonas 7
Karim 7
Kelson 7
Lopo 7
Luciano 7
Orlando 7
Rudy 7
Abner 6
Alfredo 6
Amadeu 6
Américo 6
Breno 6
Cédric 6
Eliel 6
Eliézer 6
Gastão 6
Hélio 6
Ibrahim 6
Isael 6
Jack 6
Jaden 6
Lúcio 6
Marvin 6
Maurício 6
Melvin 6
Messias 6
Nikita 6
Nikolay 6
Otchali 6
Pablo 6
Ruan 6
Taylor 6
Thierry 6
Tyler 6
Abdul 5
Aires 5
Alexis 5
Ali 5
Asher 5
Benício 5
Clayton 5
Cristóvão 5
Dante 5
Delfim 5
Dilan 5
Dionísio 5
Eden 5
Eliabe 5
Ernesto 5
Eugénio 5
Gelson 5
Ivandro 5
Jailson 5
Juvenal 5
Kennedy 5
Keyson 5
Kiary 5
Mathis 5
Maximiliano 5
Nilton 5
Rubim 5
Salomão 5
Sami 5
Simon 5
Tito 5
Tobias 5
Virgílio 5
Walter 5



Até há bem pouco tempo, não era difícil perceber que a popularidade dos chamados nomes "estrangeiros" se ficava a dever ao seu uso por parte de progenitores que tivessem outra nacionalidade para além da portuguesa, já que estavam barrados aos casais exclusivamente portugueses. Com a nova lista do IRN, fica mais difícil fazer essa leitura até porque, ao mesmo tempo, nota-se um aumento do número de registos deste tipo de nome. As diferenças não são muito grandes porque, se bem nos lembramos, há uma grande concentração de registos em torno dos 20 nomes mais escolhidos, mas acho que as subidas de nomes como RyanNicolasGael, Júnior, Kendrick e Wesley são merecedoras de destaque! 

37 comentários:

  1. Há aqui nomes que tenho pena que contabilizem tão poucos registos, como Romeu, Caetano, Alberto, Teodoro, Amadeu (prefiro a grafia “Amadeo”) e Lopo. Também me espanta que “Marcelo” continue um nome pouco popular, tendo em conta que é o nome do nosso presidente, amado pela generalidade da população.

    Quanto à subida dos nomes internacionais, penso que continua a ser devido às várias comunidades emigrantes residentes em Portugal. Com a excepção de Nelson, Wilson, Liam, Kevin e Jonathan, não encontro crianças filhas de pais não-emigrantes com os (outros) nomes internacionais. A subida de Kendrick possivelmente estará associada ao sucesso do rapper norte-americano Kendrick Lamar, que este ano que passou foi o criador da banda-sonora do filme da Marvel, “Black Panther”.

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  2. “Júnior” é péssimo. Pior ainda quando dão o nome do pai colocam “Júnior” como segundo nome, por exemplo: o filho de um José ser o “José Júnior”. Parolagem ao mais alto nível.

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    1. Cauã e Júnior de certeza que são filhos de brasileiros, infelizmente são nomes muito populares por aqui.

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    2. Concordo totalmente.

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    3. Júnior é a versão pobre da moda dos ricos norte-americanos de colocar John Qualquer Coisa III. Apesar de não achar graça, aquela tradição que algumas famílias têm de todos terem o segundo nome igual é bem melhor.

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    4. Não concordo, não conheço ninguém pessoalmente que tenha "Júnior" de nome, apenas o ator Robert Downey Júnior, e apesar disso até acho bastante engraçado o nome, e soa bem quem é o que interessa. Já Teodoro, Amadeu, Marcelo, não acho que sejam nomes mais bonitos. Mas são gostos 😉, e isso é que importa. Bom dia!

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  3. Félix teve mais registos do que em 2017 (:

    Também vai publicar com os nomes femininos, Filipa? Espero que sim.

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  4. As pessoas queixam-se da lista do IRN, eu acho que até é permissiva demais! Alguns nomes portugueses e com História não são permitidos enquanto primeiro nome (Gregório, Urraca, Basílio, Genoveva, etc.), mas quase todos os nomes anglo-saxónicos e sem tradição portuguesa são. “Genoveva” não é permitido mas a variante inglesa “Jennifer” já é. Não tem sentido.

    Para mim, os nomes terminados em “son” são do piorio.

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    1. A sério que Genoveva não é permitido?? Não fazia ideia.

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    2. Gregório constava como Aprovado na última lista antes da renovação - creio que não está na lista actual porque não foi registado nos anos abrangidos pela lista [o último registo tinha sido em 2013 e voltou a ser registado em 2017. Quanto aos outros nomes mencionados, nenhum aparece nas listas do IRN entre 2006 e 2017, nem como aprovado, nem como proibido - listas essas que não eram exaustivas, tal como a actual não é.
      Eu acredito que sejam todos passíveis de registo!

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    3. Concordo. Kylian, Joab, Kiamy, Bogdan, Karim, Kelson, Otchali, Kiary? Que raio de nomes são estes? Chamem a protecção de menores!

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    4. Cuidado. É necessário ter em consideração que vários desses nomes que nos podem parecer estranhos são normais noutras nacionalidades!

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    5. Cara Filipa, aprecio imenso o seu trabalho aqui no blog mas isso não faz sentido. Mesmo que Gregório não tenha sido registado nos últimos anos, se o fosse, não devia surgir como aprovado? Isto porque na lista também estão outros nomes que têm 0 registos anualmente. Mas tem razão quando diz que são passíveis de serem aprovados, mas os pais têm de aguentar com uma burocracia enorme e o IRN tem de fazer um estudo para comprovar que o nome tem raízes portuguesas. Pelo menos era assim. Por acaso, todos os pequenos Gregórios que conheço têm-no como segundo nome, geralmente João Gregório.

      Em várias cidades do país basta entrar em igrejas ou museus para ver as obras de um dos maiores pintores da nossa História: Gregório Lopes. O que me entristece, é que talvez muitos portugueses diriam que Gregório é um nome “horrível”, “antiquado” e “feio”, enquanto outros nomes internacionais sem tradição portuguesa já são “lindos” e “modernos”. A mudança no “porquê a escolha dos nomes” é bastante sintomática da sociedade contemporânea: até ao século XX, os pais portugueses escolhiam os nomes em função da religião, agora escolhem por influência de telenovelas, futebol, etc.

      Para o Anónimo das 18:20: grande parte dos nomes que referiu são de origem angolana. Não vejo qualquer mal em que a comunidade angolana residente em Portugal deseje homenagear as suas raízes culturais. Tenho pena é que tantos portugueses desprezem as suas.

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    6. Pode não ter lógica, mas repare no que se pode ler na página do IRN:

      "O IRN disponibiliza informação cujo conteúdo corresponde à lista de vocábulos de nomes próprios atribuídos a cidadãos portugueses, ou que se tornaram cidadãos portugueses, nos últimos 3 anos.

      A lista de vocábulos de nomes próprios publicita, a título de exemplo, a existência dos nomes que por já respeitarem a cidadãos portugueses podem ser admitidos, em futuros registos, como nomes próprios.

      A lista é meramente exemplificativa, uma vez que não engloba os nomes próprios de cidadãos portugueses cujo registo foi lavrado há mais de 3 anos e que, por constarem da base de dados, são também admitidos"

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    7. Continua a ser muito ambíguo porque o Código de Registo Civil só surgiu em 1911 com a implementação da República, mas, por exemplo, os registos paroquiais remontam ao tempo de D. Manuel I para que todos os residentes em Portugal fossem obrigados a ter nomes próprios cristãos. Ao contrário do que acontecia até ao século XVI, em que havia uma polivalência de nomes árabes, judeus, etc. e o português nem sequer era a língua falada pela maioria da população.

      Portanto, são admitidos todos os nomes registados em Portugal depois de 1911 ou, por exemplo, posso ir a um registo paroquial do século XVII escolher um nome?

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    8. Teve oportunidade de ler "O nome dos portugueses", do Professor Ivo de Castro? Vai encontrar muitas mais ambiguidades :D Fora de brincadeira, andei nove anos a queixar-me da lista do IRN!

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    9. Já sim. E também existem vários trabalhos da Universidade de Évora e do Instituto Politécnico de Setúbal acerca de onomástica. A Faculdade Letras da Universidade de Coimbra também tem algumas publicações sobre o assunto, mas tende a ser mais vocacionado para o Instituto de Arqueologia e os nomes greco-romanos presente na, então, Hispânia.

      Em resumo, estamos dependentes, muitas vezes, da atenção às listas de aprovados e proibidos dos funcionários das conservatórias. Por vezes, há nomes que não são permitidos mas que passam porque “soam” portugueses.

      Por falar em erros da conservatória: o nome que registaram à minha avó materna não existe e foi um erro do funcionário. O nome pretendido pela minha bisavó Guilhermina era Maria Benilda, em honra à Santa Benilda. Ora, isto ocorreu nas beiras e como as pessoas sabem, ali troca-se o “B” pelo “V” (e vice-versa). Pois ficou a minha avó a chamar-se Venilde em vez de Benilda. Outra mais recente: uma amiga minha, nascida em 1987, era para se chamar Nélida Cristina, mas acabou registada como Nélia Patrícia.

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    10. Devido a todas estas inconsistências, o meu conselho a quem me pedia ajuda era sempre o mesmo: caso tenham possibilidades financeiras, façam o pedido de aprovação. Desde que a nova lista foi lançada, não tive conhecimento de mais nenhum pedido, mas neste momento não vejo como poderão sustentar a proibição de qualquer nome com ligação ao nosso passado!

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    11. Lamentáveis alguns comentários, a lista do IRN não devia sequer existir na minha opinião, em Portugal as pessoas ainda têm muita dificuldade com a noção básica de liberdade de escolha, deviam procurar educar-se em vez de fazerem comentários xenófobos. Além de que, a maioria dos nomes "portugueses" não tem origem no actual território português.

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    12. Acredito que todos nomes registados em Portugal ao longo da História do páis, têm que ser aceites pelos serviços, foi assim que me foi explicado por alguém que é ligado à área da História. O problema é que ao longo do tempo os funcionários é que decidem, e muitos não tem qualificações para lá estarem.

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    13. Acredito que todos nomes registados em Portugal ao longo da História do páis, têm que ser aceites pelos serviços, foi assim que me foi explicado por alguém que é ligado à área da História. O problema é que ao longo do tempo os funcionários é que decidem, e muitos não tem qualificações para lá estarem.

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    14. Eu concordo com a existência de uma lista do IRN, mas não com a actual. Acho que todas as variantes portuguesas de todos os nomes deviam ser permitidas. Além de impedir a invenção de nomes (alguns lamentáveis), também serve para preservar a cultura portuguesa. Mas também serve para preservar as culturas das outras nacionalidades, que podem escolher nomes da sua própria (pelo que sei a legislação permite que emigrantes ou pessoas com dupla-nacionalidade possam escolher outros nomes que não se encontram na lista). Imagine que um português branco escolhia um nome angolano (por exemplo Umbundu)... isto não ia cair nada bem à comunidade angolana e compreende-se perfeitamente o porque. Além de os nomes angolanos, ligados às diferentes etnias, serem altamente simbólicos, também são a memória ancestral de um povo antes do colonialismo e símbolo de resistência e liberdade. A nossa liberdade termina quando começa a o outro e os nomes são muito mais do que simples nomes.

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    15. Muito interessante esse argumento de a lista do IRN servir também para evitar apropriação cultural! Nunca tinha pensado nisso! Contudo, se cidadãos portugueses com ascendência estrangeira desejarem registar os filhos com nomes da sua cultura original, estão proibidos? Ou fazendo os tais pedidos ao IRN e mostrando a sua ascendência poderão optar por esses nomes?

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    16. Também concordo com a existência da lista do IRN. Muitas pessoas acham que condiciona a liberdade de escolha mas, desculpem lá, há casos em que o Estado tem mesmo de impedir o registo de certos nomes para o bem-estar das crianças e evitar assédio e bullying no futuro.

      As pessoas podem não gostar de determinados nomes (não sou fã de nomes modernos), mas, pelo menos, são nomes reais. Agora inventar nomes (combinar os nomes dos pais, por exemplo) ou escolher parvoíces como “Fish and Chips”, “Sex Fruit”, “4Ever” e etc. já é demais. Isto são nomes ridículos dados por pais que devem ser consumidores de substâncias ilícitas. E infelizmente é tendência no mundo inteiro motivada pela necessidade patológica de atenção de uma geração individualista e que procura ser “diferente” a todo o custo (num processo que não devia passar pelos filhos): este fenómeno está bem estudado pela Sociologia, não estou a inventar coisas.

      O caso que aconteceu na Nova Zelândia em 2008 de uma menina de 9 anos que teve de ir a tribunal para mudar de nome é muito ilustrativo disto. Quem não conhece a história, procure no Google. A menina tinha tanta vergonha do nome que nem os amigos sabiam qual era, só sendo chamada de K. O Estado acabou por decidir em favor da mudança de nome e ainda mudou a legislação, passando a existir uma lista de nomes proibidos. Para quem é apologista deste género de nomes, façam o favor de ir ler os vários estudos acerca de como os nomes impactam a vida de uma pessoa. Os nomes podem motivar o insucesso escolar, a criminalidade e o desemprego, isto porque estas crianças passaram a sua infância a serem assediadas pelos seus colegas. Por exemplo: está comprovado que crianças com nomes unissexo tendem a ser mais indisciplinadas, e que meninas com nomes mais “femininos” tendem a preferir Humanidades e Artes, enquanto com nomes mais “masculinos” têm preferência pelas ciências e tecnologias.

      Apesar da lista do IRN, nomes como Azul, Semen, Fedor, Daenerys, Thor e Hulk que já têm registo permitido e, na minha opinião, não o deviam ter. Nomes de personagens fictícias deviam estar confinados a animais de estimação e ponto final. Existem nomes que vão embaraçar muitas crianças, conjugações infelizes, etc. Um nome não é apenas um nome: é um rótulo que colocam a uma criança e os pais devem pensar muito bem no que estão a escolher e as consequências futuras disso.

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    17. Em 2018, houve uma criança registada com o nome Fedor e eu ponho as mãos no fogo como é oriunda de uma família com origens russas! :) Volto à questão da concentração em torno dos 20 nomes mais populares para lembrar que muito dos nomes "aparentemente" estranhos remetem para outras origens, com toda a legitimidade.
      O que me choca na lista de nomes registados em 2018 são as grafias puramente inventadas - e não falo de dobrar um L, ou acrescentar um Y, porque isso parece-me banal... Refiro-me a coisas que não consigo deixar de encarar como "erros gramaticais", mesmo que tenham sido escolhidos com o maior dos carinhos e com muito amor!

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    18. Penso que Fedor já foi registado em anos anteriores. Não tenho nada contra as pessoas quererem escolher nomes da sua cultura, mas acho que deviam pensar no território em que estão inseridos e em que a criança vai crescer. Este nome é claramente problemático em qualquer país em que se fale português devido à sua conotação negativa com maus cheiros. O mesmo se aplica a Semen. O facto de se ler “Sêmén” vai interessar muito pouco até quando Quevins são martirizados por causa da grafia do nome. Não vamos mais longe: quantas Lindas que tiveram o azar de não serem bonitas foram enxovalhadas ao longo dos anos? Se até uma Julieta ouve “onde está o Romeu?”, o que será que uma pessoa chamada Excel vai ouvir? Todas as piadas relacionadas com o Microsoft Office.

      O problema aqui não são os nomes “estrangeiros”, é mesmo a má conotação que têm na língua portuguesa e isso pode ser muito mas muito complicado porque pode levar ao assédio, o que conduz a falta de autoestima e a problemas comportamentais. Os restantes floreados de y’s, k’s e l’s é uma questão de gosto pessoal, no qual, sinceramente, não vejo o sentido. Inventar nomes quando existem tantos por onde escolher é outra coisa que me ultrapassa. Também não sou apologista de só se escolher nomes populares: há muitos nomes com poucos registos que não vão humilhar ninguém.

      Também acredito que as pessoas pensem estar a fazer boas escolhas e que o nome é muito “amoroso”, “espectacular”, “criativo”, “honroso às origens”, etc. Na pior das hipóteses, “provocador”. Mas, como disse, um nome não é apenas um nome: é algo bastante complexo, que cria muita aflição às pessoas e pode ser uma autêntica tortura. Quantas pessoas detestam o nome que têm porque o acham demasiado “estranho”? Isto ocorre devido às respostas negativas que vão obtendo ao longo da vida sobre o nome que têm. Quantas pessoas escondem o primeiro ou o segundo nome? Inclusive pessoas com nomes portugueses o fazem. Outros não gostam do nome que têm porque é “demasiado comum” ou remete para determinada década (as espetaculares conjugações dos anos 80). O meio onde as pessoas estão inseridas também é significativo. Uma amiga minha é professora universitária e tem um nome tão simples como “Joana Rita”, mas jamais usa a conjugação porque acha que não é profissional.

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    19. Eu não defendo o uso de nomes embaraçosos, de modo algum, mas também nunca me verão a recomendar a alguém que tenha cuidado com os nomes que escolhem só porque há pessoas extremamente preconceituosas. E mais: não haverá muita tontice também na cabeça de quem acha que Joana Rita não é "profissional"? Até me custa ler isso!

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    20. Uma coisa é preconceito outra absolutamente diferente é humilhação. Existe uma distinção entre brincar e assediar alguém: por exemplo, uma Flora certamente irá ouvir piadas acerca da margarina ou uma Zara acerca da marca de roupa, mas possivelmente não serão vítimas de humilhação. No caso dos nomes como Fedor ou Semen, o caso muda de figura porque têm conotação negativa no território onde estão inseridos. Essa é a grande diferença aqui, não é o facto de não serem nomes portugueses. Neste caso em concreto, até era preferível que tivessem aprovado o original Fyodor ao invés de “aportuguesarem” o nome. E existem as variantes portuguesas: Teodoro e Simão (para Semen).

      Em vários países encontram-se nomes bizarros como “Hashtag”, “ABCD”, “Number 16 Bus Shelter”, “Alphabeta”, “Drug”, “Marijuana”, “Sucker”, “Penis”, enfim, basta procurar no Google. É por causa de idiotices como estas que acho que a lista do IRN faz todo o sentido. Eu ainda acho que a saúde mental das pessoas deve ser preservada e se alguém me questionar se há nomes que é preferível evitar porque têm conotação negativa no território onde estão inseridos, eu digo que sim.

      Não é tontice quando se está rodeada por nomes tradicionais e pujantes, como Maria Antónia, Irene, Maria José, etc. e outros nomes que leio muitas pessoas aqui a catalogarem como “antiquados” ou “de velho”. O meio académico português ainda é muito tradicional.

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    21. Concordo com a Mariana. Uma coisa é um nome pouco comum em Portugal, outra totalmente diferente é um nome com má conotação. Por alguma razão Lúcifer não é permitido. O problema aqui não é a popularidade dos nomes. Há muito nome que tem poucos registos ou que parece estranho aos portugueses mas aos quais as pessoas se habituam. Conheci muitas pessoas com nomes raros (Glenda, Brígida, Eneida, Eros) e não eram humilhadas por causa disso. Agora os nomes indicados e até “Fodé” são duvidosos e na minha opinião não deviam ser permitidos por causa da conotação negativa que têm na língua portuguesa.

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  5. A lista mais interessante!!! Fico contente que Teodoro tenha 8 registos, já que não costuma passar do registo único (tenho o meu olho na evolução dos meus nomes preferidos, hehe).

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  6. Jonas, Zidane, Patrick, Lisandro, Danilo, Gerson, Anderson, Eliseu, Cédric, Gelson – não podiam cá faltar as homenagens aos futebolistas é claro.

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  7. Adriano, o meu nome favorito desde criança! Parabéns por este tesouro que é o seu blog! Não passo um dia sem vir cá!

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  8. Caetano, nome do meu filhote, é um lindooooo nome!!

    Um beijinho Raquel Faria

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  9. Félix é super fofo, 10 registos, está em alta (vs 6 em anos anteriores).

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  10. Romeu, Martinho, Estevão, Isaías (...) os meus preferidos da lista! Não estava à espera de alguns resultados :)

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  11. Filipa, vai colocara lista completa de nomes de meninos de 2018?

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