Se dermos uma voltinha pela internet, é fácil constatar que as opiniões relativas a nomes compostos são sempre muito extremas: ou se gosta muito, ou se odeia. Hoje em dia, diria que em Portugal e no Brasil há uma espécie de alergia a nomes compostos que só servem para "ocupar espaço", porque as crianças "acabam por ser só chamadas por um dos nomes".
Eu pertenço à equipa que adora nomes compostos; não sou fanática, sei reconhecer que há nomes que, simplesmente, não se adequam a composições, mas só baixo os braços depois de algumas tentativas. Diria que todos os dias busco a combinação perfeita, aquela que terei dificuldade em partilhar convosco porque a quero só para mim. Ainda não encontrei, mas diria que quem ganha com isso é o blog.
Esta introdução toda serve para recomendar este post do Name Candy, onde a autora se mostra insatisfeita por não ter um "nome do meio" e aconselha um casal, que está a ponderar desistir de usar um nome composto, a não o fazer.
É engraçado que assim penses, pois tenho a percepção exactamente oposta: parece-me que toda a gente gosta mais de nomes compostos em Portugal. Aliás, acho que se podem contar pelos dedos das mãos as pessoas que conheço só com um nome próprio (eu incluída). Tenho a sensação de que a regra é ter dois nomes e aí começam os problemas - acho difícil fazer combinações que me agradem e penso frequentemente que se estragam nomes assim (no outro dia, uma conhecida revelou-me o segundo nome do filho e fiquei boquiaberta como, com uma combinação, se conseguiam estragar dois nomes e dar um ar aparolado a algo com classe. Porém, tenho vindo a verificar que gosto das combinações em que o primeiro nome é mais curto e o segundo mais comprido, soam-me um pouco melhor. Tudo isto é relativo, o gosto é mesmo uma coisa que dificilmente se discute e que depende de tantos factores... Por exemplo, um nome muito utilizado pelo jet seis e meio dificilmente me encheria as medidas, mas para muita gente é o cúmulo do bom gosto.
ResponderEliminarEu tenho um nome composto e o 2º nome não me diz nada, nunca fui tratada por ele a não ser quando os meus pais se zangavam comigo, chamavam-me pelos dois nomes e eu já sabia. Acho que foi a unica utilidade do nome!Não gosto nem desgosto da combinação, a sensação é mesmo a de que não está cá a fazer nada.
ResponderEliminarTambém prefiro nomes curtos compostos, ou nome curto seguido de comprido, e de preferência nomes em que tratar pelos dois nomes não soe a parolo nem fique a parecer os nossos pais a dar-nos um sermão, (ex.Ana Carolina, Maria Rita, João Pedro, Eva Luna)
Sou muito exigente com os nomes compostos, tem de ser combinações bem feitas, muitos nomes prefiro vê-los sozinhos.
Não gosto de nomes compridos, se os apelidos já são compridos, nunca escolher dois nomes compostos compridos. O meu nome nunca cabe todo no 'tracinho' quando assino documentos...
é, eu sou da opinião q nome composto tem q ser usado junto, caso contrário, eu não vejo utilidade.
ResponderEliminareu so tenho 1 nome e os meus filhos tb :)
ResponderEliminarApesar das minhas sobrinhas terem todas nomes compostos. Mas eu gosto de nome simples
Eu tenho dois nomes, sendo que o primeiro é Ana, em casa sempre me chamaram pelos dois nomes, mas na escola, devido a haver mts Anas, passei a ser só chamada pelo segundo nome. No trabalho tb me chamavam pelo segundo nome, pois já lá havia outra Ana e fazia mta confusão. Mas prefiro só Ana...:) E no meio disto tudo é uma grande confusão qdo pessoas da minha vida pessoal se juntam com outras do trabalho que ficam confusos qdo me chamam pelo nome k eles ñ utilizam....ás vezes sinto k tenho uma vida dupla :D
ResponderEliminarEm relação ao que a J. disse, eu penso que a maioria dos portugueses têm nomes compostos, mas que a tendência recente é pôr só um nome, tal como disse a Ana Filipa... A verdade é que se nos anos 90, quase todos os meus colegas de escola tinham nomes compostos... dos bebés que conheço poucos têm...
ResponderEliminarA Sónia respondeu aquilo que eu ia responder: acho que há muita gente com nomes compostos e que, talvez por isso, poucos são os que querem continuar com essa tradição!
ResponderEliminarEu não critico quem escolhe apenas um nome, mas confesso que fico um pouco alterada quando leio coisas como: "dois nomes é coisa de pobre", "dois nomes é parolo" e "dois nomes já não se usam" :)
Dona Infanta Filipa: e maneira de descobrirmos a estatística portuguesa dos nomes compostos? Gostava de saber se sempre há menos hoje em dia - não é mesmo essa a minha percepção.
ResponderEliminarSó tenho um nome e toda gente me trata pelo diminutivo a minha mãe também só tem um nome mas parecem dois Anabela, por vezes acho desnecessário o 2º nome só existe para assinar e ninguém o conhece. Adoro quando se chama pelos dois nomes mas é raríssimo.
ResponderEliminarQuando já tenho confiança com as pessoas pergunto logo qual é o segundo nome e têm quase sempre e quando digo o meu acham muito estranho eu não ter 2 nomes, não acho que seja parolo ter 2 nomes mas há algumas opções que não lembra a ninguém.
Eu perco horas na internet a pesquisar e não arranjo estatísticas em lado nenhum ;( As únicas que arranjei foram as do site do SPIE e, mesmo assim, mantenho as minhas reservas face à sua fiabilidade.
ResponderEliminarEnviei emails para algumas entidades (inclusivamente para o INE) mas todas as respostas fazem com que me sinta ridícula por ter perguntado.
Mantenho a esperança de que em Janeiro de 2012 disponibilizem mais informação do que nos anos anteriores.
Oh, o INE... No outro dia liguei para os registos e notariado por causa do nome Jaime, que vou pôr ao bebé que espero (é o do marido, é de família e gostamos mesmo muuuuuito dele). Não estava na lista e decidi só verificar... O homem que me atendeu deve ter pensado que eu era maluca - achava que queria escrever «JAYME» e começou logo a barafustar. Expliquei só que estava insegura, pois não via certos nomes na lista e Jaime era um deles... Enfim, resposta do senhor: «Ah, se não está na lista oficial, não faz mal, é porque toda a gente conhece e aceita.»
ResponderEliminarComo disse noutro comentário qualquer não existem nomes pirosos, existem gostos diferentes e motivações infinitas. Nomes compostos nada têm a ver com menos ou mais "classe".
ResponderEliminarNa geração dos anos 80 todos tínhamos 2 nomes próprios, agora a tendência talvez seja apenas 1 nome, mas acho que mesmo assim não é tão universal como foi nos anos 80 de ter 2 nomes. A minha irmã tem 2 nomes e é tratada universalmente pelo primeiro. Quando ela tiver filhos vai escolher combinações de 2 nomes.Ela gosta imenso de João Paulo. Como já disse muitas vezes prefiro quase sempre apenas 1 nome. Mas longe de mim achar estranho ou piroso. Existem combinações muito delicadas e românticas.
Eu sou da geração de 90 e como tal tenho dois nomes. O segundo pelos vistos é bastante usado junto com Alexandra, que já me apareceram bastantes homónimas pela frente, apesar de eu não achar grande piada. Sempre fui tratada pelo primeiro ou por diminutivos, o segundo está lá, a maioria das pessoas sabe qual é mas nunca teve grande utilidade, a não ser o significado que tem para a minha mãe.
ResponderEliminarMas amigos e colegas da mesma idade sentem-se orgulhosos por terem apenas um nome: "Só um, sem essas combinações pirosas que não servem para nada". E realmente a tendência acho que é para que os pais escolham só um nome para os bebés. Nos últimos 4 anos nasceram-me 4 bebés na família, e nenhum tem segundo nome, sempre apenas um..
Eu por mim gostaria de dar aos meus filhos um nome composto, mas algo que se pudesse usar os dois nomes (:
A propósito dos meus colegas, tenho quatro amigas chegadas da faculdade: a Cláudia, a Carolina e duas Catarina's. Todas elas Ana's, nenhuma usa o primeiro nome a não ser para assinar (e e..).
Tenho uma amiga lá da ilha que é Ana Filipa. É a Ana ou o diminutivo. O Filipa desaparece, a maioria nem sabe que ele existe..
Depende do nome.
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